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5ª Conferência Municipal da cidade de Marília: Reunião aborda mobilidade urbana

18 de abril de 2013 - 14:02

Na última terça-feira (16) foi realizada a terceira pré-conferência da 5º Conferência Municipal da cidade de Marília. O tema abordado foi “Políticas de incentivo à implantação de instrumentos de promoção da função social da propriedade”. Fizeram a explanação o arquiteto urbanista Marco Aurélio de Oliveira Garcia, o Engenheiro de Tráfego Carlean Batista de Oliveira, o Diretor da EMDURB (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília) Cléber Pinha Alonso e arquiteta Valéria Viana. Dentro da temática, houve discussão da mobilidade urbana.

Marco Aurélio de Oliveira Garcia falou sobre as divisões técnicas de Mobilidade necessárias para discussão do assunto, como os pontos a serem averiguados sobre as vias, tipo de uso, transporte não motorizado, acessibilidade, levantamento de dados para desenvolvimento de projetos, pesquisas sobre origem e destino dos usuários e simulações. Após a apresentação, ele mostrou a análise de resultados.  

O segundo palestrante, Carlean Batista de Oliveira, presta consultoria de trânsito para vários municípios e citou o exemplo do estado de Goiânia, no qual foi utilizado um equipamento especial móvel que possui uma haste de nove metros de altura com câmeras instaladas no topo, interligadas a uma central de monitoramento que faz a contagem de veículos e analisa as trajetórias nos principais cruzamentos. Esse equipamento possibilita a verificação da melhor solução para resolver os problemas de congestionamentos. O engenheiro também falou sobre a eficácia da Coordenação Semafórica, mais conhecida como Onda Verde, e a necessidade de estudos técnicos para sua aplicação bem sucedida.

Cleber Pinha Alonso destacou que Marília ainda não é uma metrópole, mas cresceu sem planejamento e hoje sofre algumas consequências. O Diretor da EMDURB defendeu que o deslocamento é natural do ser humano e precisa ser organizado e facilitado. Ele fez uma comparação entre o espaço ocupado por carros e ônibus e a capacidade de passageiros: quatro carros e um ônibus hipoteticamente ocupam o mesmo espaço, sendo evidente que um ônibus tem maior capacidade, mas muitas pessoas ainda não escolhem esse transporte. Segundo ele, uma boa proposta para Marília seria adotar o mesmo modelo da cidade de Curitiba, que possui corredores de ônibus, além de ciclovias e ciclo faixas, pois congestionamentos geram estresse, infrações de trânsito e atrasos. Dados do DPVAT mostram que no Brasil, em 2012, 352 pessoas ficaram inválidas por causa de acidentes de trânsito e 61 mil perderam a vida. Em Marília, 52 pessoas foram a óbito, vítimas de acidentes no trânsito.

Por fim, Valéria Viana defendeu a ideia da “Calçada Ideal”, com base na acessibilidade e utilizando-se materiais antiderrapantes (piso firme, regular e estável), medidas de faixa de passeio livre, inclinação e posicionamento do mobiliário urbano (orelhões, postes placas, lixeiras), que muitas vezes atrapalham a locomoção de deficientes. Sobre a instalação de Pisos Táteis no centro da cidade, disse que por enquanto é inviável por causa do revestimento impróprio das calçadas. “Proporcionar a acessibilidade representa um salto enorme para a humanidade: o respeito individual”, disse a arquiteta.

Por meio do Capitão PM Denilson, a Polícia Militar informou que já realiza estudos e ações para diminuir a violência no trânsito.

Voluntários da MATRA e de outras entidades, associações e sindicatos estiveram presentes na reunião. Ao final foi permitida a participação do público. Membros da Matra destacaram a preocupação com o número de mortes no trânsito de Marília e mencionaram os estudos e as pesquisas que vem realizando sobre gerenciamento de trânsito.

O Secretário Municipal de Planejamento Urbano Valdemir Pimentel agradeceu a participação de todos, em especial a da Matra, mostrando interesse em conhecer os levantamentos e estudos sobre gerenciamento de trânsito.

(Felipe Bravo)

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