PERIGO NAS ALTURAS! MATRA DENUNCIA RISCO DE ACIDENTES COM FIAÇÃO IRREGULAR EM POSTES PELA CIDADE
Ser reconhecida como uma organização que defenda o comprometimento dos poderes públicos com as reais necessidades da população. Essa é a visão da MATRA desde a sua fundação, quase 16 anos atrás. E hoje esta OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), pode se orgulhar de ter atingido este objetivo.
Defendendo incansavelmente os valores da ética, probidade, transparência, responsabilidade social, impessoalidade e cidadania, a MATRA avança para além da defesa da transparência na administração pública e do combate à corrupção em Marília.
Na mais recente representação encaminhada ao Ministério Público, a MATRA faz um alerta, com pedido de providências, quanto o risco de acidentes graves com fiações rompidas ou fora dos padrões legais, encontradas em várias regiões da cidade.
O PROBLEMA
Cabos de espessuras e materiais variados, para os mais diversos tipos serviços (energia, internet e telefonia), ocupam cada vez mais o espaço aéreo das ruas e calçadas para garantir que os clientes das empresas prestadoras destes serviços, sejam atendidos da melhor forma possível. Até aí, tudo bem. Afinal, dos pequenos consumidores domésticos às grandes empresas, a demanda é crescente por energia e internet de alta velocidade principalmente. O problema é que não basta simplesmente “pendurar mais cabos nos postes”, que em muitos lugares já não suportam tantas fiações. Pelo menos não de maneira adequada.
Ao pedir uma investigação pelo Ministério Público, a MATRA tomou por base uma reportagem do Jornal Cidade, publicada em novembro do ano passado, na qual dois flagrantes de fios soltos em postes foram mostrados: um perto do terminal rodoviário e outro na Avenida Pedro de Toledo, na quadra da praça São Bento. A MATRA também encaminhou fotos de outros lugares onde fios soltos ou um verdadeiro emaranhado de cabos foram identificados, como nas ruas Ângelo Seleghin, Sampaio Vidal, Nove de Julho, Sargento Ananias, Bahia, Tiradentes e Antônio Augusto Neto.
“Neste cipoal de cabos, fios, cordoalhas e equipamentos é comum verificar o excesso de quantidade da fiação instalada, a falta de alinhamento dessas fiações e dos equipamentos nelas instalados, a inobservância de seu afastamento adequado em relação ao solo, a existência de cabos/fios soltos, caídos, desprendidos, inutilizados e dependurados ao alcance dos transeuntes e a presença de objetos e equipamentos presos nestas fiações e nos feixes de fios depositados nos postes. Mais que poluição visual, a anomalia verificada representa fonte de risco à saúde e vida dos que transitam pela cidade”, apontou a MATRA na representação.
Em outubro do ano passado em Uberlândia, Minhas Gerais, uma criança teve uma parada cardíaca e ficou vários dias internada na UTI, depois de ser eletrocutada por um cabo de energia que se desprendeu de um poste e atingiu o carro onde ela estava com a família.
Já em Mamanguape, na Paraíba, uma criança de doze anos morreu depois de receber uma descarga elétrica. Como foi noticiado pela imprensa, testemunhas disseram que o menino brincava em uma rua que fica atrás de um hospital, quando foi atingido por um fio elétrico de alta tensão que estava pendurado e sofreu o choque. Os dois casos ocorreram no ano passado e tiveram ampla divulgação pelos meios de comunicação.
“A grave irregularidade constatada, potencialmente perigosa, fruto de provável mau uso ou uso irregular do compartilhamento da infraestrutura do posteamento existente na cidade, constitui fato notório bem conhecido dos marilienses, que diariamente se deparam com o emaranhado de fios e cabos instalados sobre suas cabeças. Por isso, é imperioso apurar este estado de coisas aparentemente contrário à ordem legal e desobediente às normas técnicas (Lei Municipal nº 8050, de 29/12/2016 e Resolução Normativa n. 797, de 12/12/2017, da ANEEL)”, ressaltou a MATRA no documento encaminhado ao MP.
O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a denúncia da MATRA.
Fique atento, cidadão, porque ninguém é melhor que você para cuidar da sua cidade! Ao verificar uma situação deste tipo, denuncie!
Veja abaixo algumas das fotos que foram encaminhadas ao Ministério Público como exemplo:
