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Afastado, Nelsinho mantém privilégios e super salário

07 de outubro de 2011 - 13:40

Defesa tenta reverter liminar hoje no Tribunal de Justiça
 

Mesmo afastado dos cargos de chefe de gabinete e de secretário da Fazenda acusado de cobrar propina de empresários, o auxiliar de escrita da prefeitura Nelson Granciéri, o Nelsinho, continua recebendo super salário de R$ 6,2 mil e mantém privilégios na administração.

 

O afastamento de Nelsinho foi publicado ontem no Diário Oficial, assinado pelo prefeito Mário Bulgareli. Na prática, a administração municipal evita exonerar o homem forte e nomear outro para seu cargo para que ele possa manter seu gordo salário de secretário. 

 

Se fosse oficialmente exonerado Nelsinho, além de ter de cumprir carga horária como qualquer outro servidor municipal e bater ponto, também passaria a receber o salário de auxiliar de escrita em torno de R$ 1,1mil.

 

Os vencimentos de chefe de gabinete afastado superam ainda em duas vezes os dos médicos e três vezes dos cirurgiões dentistas que atendem em postos de saúde.

 

Segundo a assessoria da prefeitura, o fato de Nelsinho estar afastado de suas funções não impede que ele tenha acesso ao prédio da prefeitura ou circule pelo gabinete do prefeito. Ele está impedido apenas de despachar e assinar documentos ou cheques como fazia cotidianamente.

 

Advogados contratados para a defesa devem apresentar hoje o agravo de instrumento ao Tribunal de Justiça de São Paulo, tentando reverter a medida liminar concedida há uma semana pelo juiz da 4ª Vara Cível de Marília, Valdeci Mendes de Oliveira, a pedido do Ministério Público. 

 

No despacho, Mendes de Oliveira afastou Nelsinho mas manteve seu salário de secretário, o que abriu brecha para a prefeitura continuar pagando mais de R$ 6 mil por mês para o ex-chefe de gabinete.

 

Nelsinho é acusado de embolsar ilegalmente mais de R$ 75 mil da empreiteira CJWD Construções, que em 2009 ganhou a licitação para reformar três escolas da rede municipal.  

 

Bulgareli assina e publica afastamento 

 

A prefeitura oportunamente republicou ontem no Diário Oficial uma portaria informando a ordem de sucessões das secretarias, explicando de forma discreta quem assume os postos que ficaram vagos com a saída de Nelsinho.

 

No caso da chefia de gabinete, quem responde agora – embora não empossado oficialmente ao menos no papel – é o secretário municipal da Administração, José Carlos da Silva.

 

Já o secretário interino da Fazenda é o titular da pasta Economia e Planejamento, Adelson Lélis da Silva, que desde ontem já assina os cheques para pagamento de fornecedores.

 

 

 

Fonte: Diário de Marília

 

 

 

 

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