Notícias

Busca

MATRA

Ainda as eleições Presidenciais

03 de novembro de 2010 - 10:06

No rescaldo do calor da disputa, sobraram coisas muito relevantes do processo político brasileiro, a saber.

Vivemos numa democracia formal plena, e a passagem do poder constituído se faz de forma serena. O Presidente Luís Inácio resistiu de forma sábia aos encantos de um terceiro mandato, que sua popularidade até lhe permitia buscar. Fundamental não esquecer que FHC não resistiu a aprovação de emenda constitucional que permitiu sua reeleição.

A urna eletrônica foi novamente testada e aprovada. Permitiu o anúncio de nossa nova presidente apenas uma hora após o término da votação nos estados, que por fuso horário, terminaram-na duas horas após o horário oficial de Brasília. Prometem que na próxima, poderemos votar fora de nosso domicílio eleitoral, em qualquer cidade do território nacional.

O primeiro poder tem que ser regulado. Estou falando da mídia, da imprensa. Essa é uma concessão pública que deverá ser revista todas as vezes que, de forma deliberada, distorcer a realidade e não seguir princípios básicos das boas práticas jornalísticas. Nunca se mentiu e manipulou tanto numa eleição, fazendo o episódio Miriam Cordeiro – Lula parecer problema de jardim de infância. O fato de ser livre não significa que não deva sofrer controle social ou se submeter a uma lei de imprensa. Esse movimento já se iniciou no Brasil e três estados já o estão discutindo. Quem veicula o que quer, sem responsabilidade com a verdade, deverá ouvir e se submeter ao que não quer. Se o cidadão não for informado com decência não conseguirá votar com responsabilidade. Uma forma de democratizar a mídia e tirá-la do monopólio de quatro ou cinco grandes agências seria permitir uma distribuição equânime verba de comunicação pública obrigatória. Muitas agências adimplentes ajudariam a equilibrar distorções e promover a verdade. Uma outra é acelerar a inclusão digital.

A reforma política é inadiável, pois continuar o financiamento privado de campanha, como hoje se dá, é o caminho mais curto para o clientelismo, aparelhamento do estado e a corrupção.

Cabe a todos nós a pressão lícita para o encaminhamento desses processos.

*Carlos Rodrigues da Silva Filho

Comentários

Mais vistos