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Ainda não foi dessa vez

05 de outubro de 2010 - 00:00

Foi-se o tempo que a eleição era construída no debate, nos comícios, na tentativa de convencimento, em programas. Os tempos mudaram. As campanhas ficaram muito mais caras e desde o primeiro dia de mandato os candidatos iniciam a construção de seu suporte eleitoral, visando já a próxima eleição. Buscam também colocar seus apadrinhados em pontos estratégicos da máquina pública, não porque sejam técnicos competentes e visam o bem comum, pelo contrário, ficam ali “pescando” contratos, licitações, negociatas para fazerem o caixa do patrão.


Nesse arranjo logístico, para se elegerem, os candidatos não se preocupam em buscar canalizar as demandas e necessidades coletivas. Valem-se muito mais de pequenos contratos com prefeitos, vereadores a alguns “lideres comunitários”, via de regra, de pequenas cidades, num toma lá dá cá.


Lógico isso não é legal e frequentemente essas delinquências são identificadas e abrem-se os processos. Julgados e condenados tornam-se fichas sujas e em tese não poderiam se candidatar a cargos eletivos.


Como a justiça é hoje apenas uma miragem, contando com sua lerdeza, candidatam-se e são eleitos por seus pequenos arranjos e dos que dele usufruem.


É muito difícil para a sociedade organizada conter toda essa delinquência.


Ao se elegerem e serem confirmados pelos tribunais, quem perde são as cidades como um todo. Não têm líderes legítimos e por mais que esses tipos de candidatos tenham conseguido se eleger, quem fora de seus distritos eleitorais, de seus esquemas e seus eleitores confiariam neles? A nível estadual e federal não gozam nenhum prestígio, pois todos conhecem suas vidas pregressas. Portanto, a cidade e a região continua sem nenhum poder de pressão, sem nenhuma voz confiável, sem nenhum veículo para seus pleitos nas assembléias estaduais e congresso nacional.


Foi o que aconteceu em Marília, mais uma vez.
Até quando? Muitos de nós se perguntam.

 

Dr. Carlos Rodrigues da Silva

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