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Aliados livram Bulgareli e cassação acaba em pizza

13 de dezembro de 2011 - 13:39

Plenário, saguão e porta da Câmara ficaram lotados de manifestantes

Na última e mais tumultuada sessão do ano, mais uma vez o rolo compressor da situação funcionou, a negociata deu certo e o prefeito Mário Bulgareli (PDT) escapou de uma possível cassação e do afastamento imediato do cargo depois que vereadores aliados enterraram dois pedidos para instaurar uma Comissão Processante (CP) visando o impeachment.

O plenário, saguão e até a rua na frente da Câmara ficaram lotados de manifestantes pedindo a saída de Bulgareli. Nas faixas, críticas também ao deputado Abelardo Camarinha, que é acusado junto com o prefeito de dividir a propina roubada do dinheiro da merenda escolar.

Foram sete votos a seis – para abrir a CP eram necessários apoio de nove dos 13 vereadores. A sessão foi tumultuada e por diversas vezes a presidência precisou intervir para que as pessoas não se manifestassem.

Os dois pedidos de cassação foram lidos na íntegra. Protestos gritavam palavras de ordem contra a corrupção e pediam cadeia para Bulgareli e Camarinha. Gente com nariz de palhaço, entidades de classes, estudantes e até servidores lotaram a Câmara, mas a pressão não funcionou.

Antes da votação no pequeno expediente apenas vereadores favoráveis à cassação, como Eduardo Nascimento e Mário Coraini, usaram o direito à palavra e foram aplaudidos pelo público.

Nascimento lembrou ainda que além de Camarinha seu filho Vinícius também precisa explicar porque sua assessora parlamentar, Marildes Miosi, era o contato para buscar a propina da merenda.

“Ela está lotada até hoje no gabinete dele. Ou seja, Vinícius, Camarinha, Bulgareli é tudo farinha do mesmo saco”, disparou.

Os sete vereadores que votaram contra a cassação foram: Donizeti Alves, José Carlos Albuquerque, Herval Seabra, Pedro do Gás, Eduardo Gimenez, Cesar da ML e o presidente Yoshio Takaoka, o mais vaiado de todos.

 

PIZZA

No final da votação, alguns manifestantes atiraram papéis e vereadores aliados de Bulgareli e Camarinha deixaram o plenário. Na rua, alguns distribuíram pedaços de pizza ironizando a situação.

“Se protegem um corrupto é porque fazem parte disso tudo. Não vamos desistir e seguiremos com os protestos”, afirmou Felipe Dias, representante da Umes.

Para o vereador Eduardo Nascimento o episódio é um dos mais tristes da história política de Marília. “Quem foi contra a CP é contra a transparência na política”, disse.

 

Vereadores terão recesso de quase dois meses 

Realizada a sessão de ontem os vereadores entram em recesso por quase dois meses, com previsão da primeira reunião em 2012 para 6 de fevereiro. Tentando escapar de uma possível convocação de sessão extraordinária nesse meio tempo, Takaoka realizou duas sessões extraordinárias em um total de 31 projetos analisados.

Os agentes comunitários de saúde presentes na Câmara ainda se desapontaram mais uma vez, com o pedido do vereador Donizeti Alves de adiamento por duas sessões de projeto que reduz para 30 horas a jornada de trabalho da categoria, a exemplo do que já ocorre com os demais servidores da saúde.

Modificações no código tributário também integraram a pauta, como a inflação da Taxa de Fiscalização e/ou Serviços Diversos de Vigilância Sanitária. Na primeira extraordinária o único tema foi a redação final do Orçamento Municipal 2012, que foi aprovada em votação dividida.

Fonte: Jornal Diário de Marília

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