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Alunos desocupam diretoria da Unesp

16 de junho de 2010 - 00:00

Após reunião com funcionários e docentes, cerca de 25 alunos que ocupavam desde o último dia 1 a sala da direção da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília (100 quilômetros de Bauru) decidiram suspender o movimento e deixar o local no início da madrugada de ontem. A universidade concordou com a abertura do Restaurante Universitário (RU) no período noturno e se comprometeu a avaliar as demais reivindicações dos estudantes.

Por meio da assessoria de imprensa, a Unesp informou que, após duas semanas parados, os funcionários já retornaram às suas atividades. “A direção abriu o diálogo com os alunos, fez uma proposta quanto à pauta de reivindicações e eles desocuparam o prédio nessa madrugada”, informou a assessoria ligada à reitoria.

Além da abertura imediata do RU à noite, com contratação de novos servidores por concurso público, a universidade também se comprometeu a discutir, juntamente com a comunidade, outros pontos da pauta de reivindicação e a agendar uma reunião entre os alunos e a reitoria. Atualmente, o restaurante fornece 320 refeições por dia a um custo de R$ 2,50 por aluno, das 11h30 às 13h.

A ocupação do prédio da diretoria do câmpus da Unesp de Marília foi definida em assembleia geral realizada em 31 de maio, com a presença de cerca de 400 estudantes. Em um primeiro momento, a reitoria propôs que abertura do RU durante a noite fosse feita através de terceirização, o que não foi aceito pelos estudantes.

Além da abertura imediata do RU, com contratação de servidores públicos, os estudantes lutam por melhorias na estrutura dos cursos e apoiam a greve dos servidores da Universidade de São Paulo (USP), Unesp e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) contra a quebra da isonomia salarial.

As negociações para a desocupação do prédio tiveram início na última quinta-feira com uma reunião entre o comando de ocupação, direção da Unesp, funcionários e docentes. Apesar do atendimento da pauta relativa ao RU, os alunos decidiram continuar no local por exigir agendamento de uma reunião com o reitor Herman C. J. Voorwald, bem como uma congregação aberta para deliberar sobre a pauta de reivindicações.

Na sexta-feira, a direção, então, decidiu retirar a proposta. Na segunda-feira, o clima no câmpus ficou tenso com a chegada ao local de duas viaturas da Polícia Militar.
 

Fonte: Jornal da Cidade/Bauru

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