Aniversário da cidade: Palco interdita avenida principal e traz prejuízos a trânsito e comércio
A montagem do palco que receberá o show de Zezé di Camargo e Luciano, previsto para a noite de quinta-feira (3), interdita, desde segunda-feira, a principal avenida da cidade, a Sampaio Vidal, trazendo prejuízos ao trânsito e ao comércio instalado na região. Comerciantes criticam a medida e citam queda de 90% no movimento. “A gente não entende como podem interditar a principal via da cidade por tanto tempo, porque isso traz inúmeros prejuízos não só ao comércio, mas também ao trânsito. É um absurdo, uma falta de respeito com o cidadão”, diz a empresária Renata Felicíssimo Pereira.
Ela comenta que, sempre são montados palcos no local para eventos como Virada Cultural e Festa do Trabalhador, mas os trabalhos, e a consequente interdição da avenida, ocorrem apenas um dia antes da festa. “Desta vez eles estão desde segunda-feira fazendo a montagem do palco e o pior: interditaram todas as vias adjacentes e que dão acesso a este trecho final da Sampaio Vidal com sentido à Castro Alves. É inadmissível isso acontecer. Tentei falar várias vezes na Emdurb, mas nunca o responsável pode atender”, critica.
Ela diz que, desde segunda- feira, o movimento de sua empresa caiu em torno de 90% e os clientes que chegam reclamam muito do problema de acesso. Quem também cita as inúmeras dificuldades é o comerciante Nelson Teodoro de Lima. “A gente perde cliente, pois é uma dificuldade chegar neste trecho aqui. Acho que a avenida principal da cidade não poderia ser interditada para eventos, temos tantos espaços mais tranquilos, como a avenida das Indústrias, por exemplo, mas fecham justamente a Sampaio Vidal”, fala.
Ele diz que, além do acesso dificultoso ao comércio, quem precisa ir até a zona leste ou norte da cidade tem de fazer grandes desvios, a maioria pela rua São Luiz, que já tem tráfego complicado e só passa um carro por vez devido ao calçadão. “É uma situação vergonhosa e dificultosa. Além disso, é um absurdo a prefeitura gastar uma fortuna em um show de poucas horas enquanto a cidade tem tanta necessidade de infraestrutura em áreas básicas.”
O Jornal da Manhã tentou contato com o presidente da Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília), Cléber Pinha Alonso, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.