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Arquivamento da Ficha Limpa gera discussão em Pedrinhas Paulista, SP

24 de abril de 2013 - 10:37

Enquanto alguns municípios tentam moralizar a administração pública aprovando leis, como a da Ficha Limpa e a do Nepotismo, que impede a contratação de parentes para cargos públicos, em Pedrinhas Paulista, o projeto foi engavetado pela segunda vez durante a sessão da Câmara de segunda-feira (22).

A principal discussão na Câmara se deu porque o prefeito eleito nas urnas, Geraldo Gianetta, que teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral, justamente por não se enquadrar na lei da Ficha Limpa, ocupa atualmente o cargo de secretário do Bem Estar Social e tem parentes na administração pública. Para o ex-prefeito, não há problemas em ter parentes trabalhando na prefeitura.

“Eu não vejo uma secretária de Educação melhor do que minha esposa. Isso é notório, o trabalho que é feito no município. Eu não vejo uma secretária de Saúde melhor do que a minha cunhada. São pessoas de minha confiança. Nós não temos advogado no nosso município. O advogado que vem aqui é de fora”, disse Gianetta.

Os projetos geraram discussão com um parecer desfavorável da Comissão de Redação e Justiça, presidia pela vereadora Flávia Garutti Muniz, do PTB. Somente quatro dos nove vereadores tentaram derrubar o parecer e não conseguiram. O projeto sequer entrou em votação para desaprovação do vereador autor da proposta.

As propostas da lei da Ficha Limpa e o nepotismo já tinham sido arquivadas no ano passado. Durante a discussão na Câmara, a população que estava presente se manifestou e o presidente da Câmara mandou que todos se retirassem do plenário, inclusive a imprensa. Com as portas fechadas, o arquivamento do projeto foi mantido e contou com o apoio de quem estava presente.

Com o parecer desfavorável, o projeto foi arquivado diretamente e, se os vereadores quiseram discutir novamente a lei da Ficha Limpa e o Nepotismo, só poderão fazer isso no ano que vem. Nas ruas, a notícia gerou repercussão e algumas pessoas não aprovaram a decisão da maioria dos vereadores. “Acredito que a Câmara tenha se transformado em uma banca de negócios”, disse um morador. Outra munícipe também não gostou da postura dos parlamentares. “Acho um absurdo. O que eles aprovam, infelizmente, é o que convêm a eles”.

Fonte: G1

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