Inicialmente, Daniel Alonso dizia, em vídeo gravado em 2016, que em dois anos resolveria o problema de falta de água em Marília e em postagem recente moradora mostrava a torneira vazia.

“Ao invés de sucateamento, gosto de dizer desinvestimento. Isso é velado e feito de forma proposital para vender o Daem. O mercado deve ser regulado e é preciso haver uma agência reguladora. Mas aí veio a proposta da Prefeitura. É preciso que seja realizado um debate com a sociedade civil organizada, não de forma rasa como aconteceu antes de mandar o projeto para a Câmara. E cada vez o Daem está mais deteriorado e com quadro de servidores reduzidos. Me perguntam muito por que quebra tanta bomba e rompe tanta adutora: simples, porque o sistema do Daem é medieval e apenas a manutenção corretiva é feita”, disse diretor jurídico do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília) e servidor do Daem, Ricardo Flores.

O engenheiro Ivan Fiorini lembrou que em 2015 e 2016 o mesmo processo foi iniciado para a “venda” do Daem. “Por que o Poder Público não conseguia fazer com que a autarquia oferecesse o mínimo? A população vai entrar neste engodo? Não se esqueçam que uma autarquia pode conseguir dinheiro a fundo perdido ou através de deputados para investimentos. A Fehidro também oferece recursos. Na obra de tratamento de esgoto, que não está concluída, foram gastos mais de R$ 100 milhões. Há um tempo atrás uma dívida de R$ 6 milhões de energia elétrica foi jogada para a Câmara aprovar um parcelamento. Essa dívida se transformou em R$ 17 milhões e agora está em R$ 36 milhões, que vão ser pagos em 60 parcelas”.

Além do presidente da Casa de Leis, Eduardo Nascimento, que comandou os trabalhos da audiência pública, compareceram à atividade camarária [apenas] os vereadores Dr. Nechar (PSB), Júnior Féfin (União) e Dr. Elio Ajeka (PP).