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Balanço da prefeitura é apresentado em Audiência Pública

25 de junho de 2011 - 11:13

O secretário Municipal da Fazenda, Nelson Grancieri e o Secretário de Planejamento e Economia, Adelson Lelis da Silva estiveram na quarta-feira(22) apresentando os balanços financeiros da Prefeitura Municipal em uma Audiência Pública realizada no Plenário da Câmara.  Foi demonstrado o quadro financeiro do primeiro quadrimestre de arrecadação de 2011.

Primeiramente, foi colocada a arrecadação da Prefeitura deste primeiro quadrimestre: de arrecadação tributária própria (impostos e taxas municipais) a prefeitura obteve pouco mais de 31 milhões de reais (sendo 14 milhões e 200 mil reais provenientes do IPTU) e arrecadação total de receitas correntes 128 milhões e 845 mil reais.

Entretanto, não são esses dados que chamam a atenção, e sim as despesas. Na tabela apresentada há 5 colunas explicando, respectivamente: onde foi investido o dinheiro, quanto foi gasto em janeiro, fevereiro, março, abril e o total dos quatro meses. O problema está não na maneira em que os gastos são mostrados, mas na falta de informação sobre a maneira como o dinheiro foi gasto.

No item “Aterro Sanitário”, por exemplo, há um gasto de cerca de 505 mil em janeiro e fevereiro, 684 mil em março e 392 mil de reais em abril. Quando perguntado por um representante de uma das redes midiáticas de Marília o porquê de tal discrepância, o Secretário da Fazenda fugiu da resposta dizendo que a população merece um tratamento de lixo digno.

Outro exemplo de tamanha diferença entre os gastos de janeiro a abril está em “Desapropriação”, já que em janeiro o dinheiro despendido foi 1 milhão e 753 mil reais e já em fevereiro 100 mil reais. Mas dessa vez, ninguém mais atreveu-se a perguntar e não ter suas dúvidas sanadas.

Foi apresentado um déficit, pois o total das despesas está na casa dos 140 milhões de reais, enquanto as arrecadações estão na casa dos 128 milhões de reais. Mesmo assim, o Secretário garantiu a população que a Prefeitura conseguirá fechar o ano em balanço positivo. Novamente, não é aí que se encontra o problema. É nos números exorbitantes de reais que poderiam ser poupados e, inclusive, investidos em áreas que são prioridade para o bem estar da população.

O que o Observatório da Gestão Pública quer dizer com isso? Vamos deixar mais claro: será que há necessidade em gastar quase 30 mil reais em celulares corporativos? Será que todas as pessoas que fazem uso desses celulares realmente precisam deles e usam-nos de maneira sensata e adequada? Trinta mil reais em um montante de 140 milhões realmente não parecem muita coisa, mas trinta mil reais investidos na construção de uma escola ou de um hospital fazem total diferença.

Fazer uma audiência para mostrar os gastos municipais à população não é um grande passo. O grande passo será quando estes forem direcionados da melhor forma possível para contemplar o bem estar de todos os cidadãos marilienses e não de uma pequena parcela de funcionários; quando este for repassado diretamente para a entidade ou a obra a que deve contemplar, sem cair “sem querer” no bolso de alguém.

Fonte: Isadora Gorga/Observatório da Gestão Pública

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