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Barulho eleitoral

01 de setembro de 2010 - 00:00

Na semana passada, a Associação Comercial e Industrial de Marília fez representação ao Ministério Público sobre o excesso do barulho provocado pelos carros de som que fazem propaganda eleitoral de vários candidatos de Marília e de fora. Como falta fiscalização da Polícia Militar, o caso foi assunto de reunião entre os promotores Celso Belinetti e Isauro Pigozzi Filho na última segunda-feira, junto com o capitão da PM, Mário Sérgio Nonato.

Infelizmente a baderna já está instalada há um mês na cidade e falta apenas trinta dias para o fim da campanha eleitoral. E só agora é que a Polícia Militar vai começar a agir, ainda assim “orientando os motoristas dos carros de som”. As multas só virão em estágio posterior da baderna; ou seja, quando terminar a campanha.

O problema do excesso de barulho nas ruas de Marília já vem de longa data, com muitos veículos que desfilam pelas ruas com verdadeiras carretas de som (principalmente as camionetes), tocando músicas de gosto duvidoso, como se toda a comunidade tivesse interesse em ouvir esse lixo. A Polícia Militar não fiscaliza e não autua os infratores, já que trata-se de uma prática proibida pelo Código de Trânsito. Todos os dias, em qualquer horário, esses veículos trafegam, principalmente pelo centro da cidade, exagerando no som de alto volume, muitas vezes passando por policiais e tudo continua como antes, sem qualquer punição. Acontece inclusive nas proximidades de hospitais e escolas.

Agora com a campanha eleitoral nas ruas triplicou-se o número de infratores com som nas alturas, incomodando as pessoas, tanto nas ruas como dentro de suas casas e apartamentos. Não há qualquer fiscalização e muito menos bom senso por quem trafega com os veículos com a propaganda dos candidatos. Um carro de som com propaganda de dois candidatos de Marília há alguns dias causou intenso mal-estar e irritação a dezenas de pessoas que assistiam à missa na igreja Nossa Senhora da Glória. O carro parou no semáforo da rua Bandeirantes (com a avenida Sampaio Vidal) bem ao lado da igreja, com o som nas alturas, atrapalhando a celebração da missa. Certamente, esses candidatos perderam muitos votos; ou seja, a propaganda também tem seu lado negativo. Quem perturba o eleitor, acaba perdendo votos!

Está faltando rigor na fiscalização e a Polícia Militar precisa autuar os infratores, de acordo com a legislação, utilizando o aparelho medidor de som (decibelímetro), não só agora durante a campanha eleitoral, mas todos os dias do ano por causa dos exagerados que transitam pela cidade com músicas nas alturas. É uma questão de educação (ou da falta dela), então é preciso tolerância zero com essa gente. Multa neles!

Fonte – Jornal da Manhã

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