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Câmara de Campinas pede cassação de prefeito

19 de dezembro de 2011 - 08:50

A comissão processante da Câmara Municipal de Campinas (93 km de São Paulo) que investiga o prefeito Demétrio Vilagra (PT) pediu a cassação dele por quebra de decoro.

O relatório final da comissão foi divulgado na manhã desta sexta-feira (16) pelos vereadores e será votado pela Câmara na próxima semana. Para o impeachment, são necessários 22 dos 33 votos.

Vilagra assumiu a administração em agosto, após a cassação de Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), de quem era vice. O pedetista foi considerado omisso diante de um suposto esquema de corrupção e fraudes em licitações da Sanasa (empresa mista de saneamento da cidade), denunciado pelo Ministério Público.

Entre os 22 denunciados pelos promotores está Vilagra, sob acusação de formação de quadrilha e corrupção passiva. Ele nega o envolvimento.

Segundo o presidente da comissão, o vereador Rafa Zimbaldi (PP), nos momentos em que assumiu a administração durante ausências de Dr. Hélio, Vilagra agiu de modo incompatível com o cargo.

"A corrupção no período foi um ato continuado e a investigação aponta Vilagra como membro da quadrilha, então concluímos que houve quebra de decoro", afirmou.

O prefeito voltou a negar as acusações, que chamou de mentirosas, e disse que não tinha conhecimento do esquema de corrupção nas vezes que assumiu a administração.

"O relatório é uma peça de ficção, não apresentou nada de novo e eu já fiz minha defesa à Justiça e à população de Campinas. Recebo a decisão com a integridade de quem tem a consciência limpa e o governo tem que andar", disse.

O advogado do petista, Hélio Silveira, questionou o relatório. "A comissão tomou como verdade absoluta o que diz o Ministério Público. Com todo respeito à investigação, o Ministério Público é parte no processo e o que ele afirma ainda tem que ser julgado pela Justiça", afirmou Silveira.

Segundo o advogado, a comissão retirou do contexto frases do depoimento de Luiz Aquino, ex-presidente da Sanasa e única testemunha de acusação, além de ter ignorado todas as testemunhas de defesa. "Querem cassar um prefeito com base em suposições."

Fonte: Folha de São Paulo – 16/12/2011

 

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