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Camarinha fala sobre pedido para afastar delegado da PF

17 de fevereiro de 2017 - 09:40

Foi negado pela Justiça Federal o pedido do deputado estadual Abelardo Camarinha (PSB) de afastar o delegado da Polícia Federal Luciano Menin da Operação Miragem, que investiga o parlamentar e seu filho Vinícius Camarinha (PSB), ex-prefeito de Marília.

Camarinha alegava perseguição, inimizade, parcialidade e interesse pessoal na investigação conduzida pelo delegado.

A desembargadora Cecília Mello, no entanto, afirmou que a iniciativa do pedido compete ao MPF (Ministério Público Federal).

Entenda

No começo do mês veio à tona uma delação premiada feita por Sandra Mara Norbiato em inquérito desenrolado pela Operação Miragem, que apura crimes crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, uso de documento falso, desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Apesar de constar como sócia proprietária, ela revelou que Abelardo e Vinícius são os verdadeiros donos da CMN (Central Marília Notícias), grupo de comunicação que inclui o jornal Diário de Marília e duas rádios na cidade.

As rádios haviam sido lacradas em setembro de 2016 e o jornal foi fechado em janeiro na segunda fase da operação, denominada “5º Mandamento”, uma menção ao mandamento bíblico “Não matarás”.

O MN revelou com exclusividade que Sandra registrou um boletim de ocorrência dizendo ter sido ameaçada de morte, juntamente com seus filhos, no último dia 4 de janeiro.

O autor das ameaças seria seu ex-marido Antônio Celso dos Santos, apontado como a ligação entre ela e a família Camarinha.

Camarinha fala

O deputado estadual Abelardo falou com exclusividade ao MN por telefone nesta quinta-feira (16).

“Primeiro quero elogiar o trabalho da Polícia Federal, da instituição, no Brasil inteiro nos últimos anos. Só que em Marília existe um delegado que foge da lei orgânica que norteia o comportamento dos agentes e delegados da PF nessas operações. Trata-se do delegado de classe especial Luciano Menin, que não respeitou em momento algum as determinações da desembargadora do TRF, doutora Cecília Mello, que pediu sigilo absoluto nas investigações”, disse Camarinha.

O deputado também reclamou do modo como é conduzida a operação. “Às vésperas das eleições houve uma pirotecnia, um barulho excessivo para o cumprimento da operação. O delegado deu entrevistas de cunho duvidoso e interpretativo, confundindo a opinião e descumprindo a determinação expressa da Justiça Federal. Seus áudios foram usados no horário eleitoral pela oposição, sem que ele tomasse nenhuma providência. A PF usou armamento e uniforme como se fosse um assalto a banco, combate a guerrilha ou a cartel de narcotráfico, assustando a pacata população de Marília”.

Ainda de acordo com Abelardo, Menin levou ao MPF coisas e feitos que não eram pertinentes a ação de busca e apreensão da PF.

“Coincidentemente o inquérito, que tinha vários anos, se deu sua ação próximo da eleição. Com declarações dúbias do delegado, não respeitando mais uma vez a determinação expressa do TRF. No meu entender isso custou o 1% da diferença na eleição. Ele mandou instaurar o inquérito numa clara demonstração de parcialidade e perseguição ao deputado Camarinha”, reclama Abelardo.

“Sem contar que a operação foi vazada. Meus adversários políticos chegaram antes da operação acontecer, para filmar e fazer chacota”, finalizou o deputado.

Fonte: Marília Notícia

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