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"Casos de corrupção no Brasil é rotineiro"

13 de setembro de 2010 - 00:00

O caso de corrupção no Amapá, em que a Polícia Federal apurou que houve fraude em licitações, superfaturamento, desvio de dinheiro público, entre outros crimes, é "rotineiro", de acordo com o Ministro da Corregedoria Geral da União, Jorge Hage. "Identificamos tudo daquilo que hoje é rotineiro", afirmou o ministro sobre o caso.

Para ele, a corrupção em Brasília foi a primeira vez em que ele se recorda de um esquema de corrupção de tamanha proporção ser descoberto pela polícia. "Um caso assim, antes deste, só me traz à memória o caso de Brasília", disse. Hage ainda afirmou que as investigações desvendaram aos poucos o esquema. "No fim descobrimos que eram organizações criminosas com tentáculos espalhados nos mais diversos órgãos".

A operação

O governador do Amapá e candidato à reeleição, Pedro Paulo Dias (PP), foi preso na última sexta-feira, em Macapá, durante a Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, suspeito de envolvimento com uma organização criminosa que desviava recursos públicos do Estado do Amapá e da União.

De acordo com a polícia, as investigações começaram em agosto de 2009 e são presididas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF investigou indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá.

A polícia constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação beneficiavam empresas selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.

Foram identificados também desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.

Os envolvidos são investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos

Fonte – Terra

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