Coleta de lixo: Sindicato quer saber o que vai acontecer com servidores após terceirização do serviço
O Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília) está preocupado com a situação dos servidores que atuam na coleta de lixo. Isso porque o serviço estaria sendo terceirizado e poderia passar a ser prestado pela empresa Monte Azul, de Araçatuba.
“Pelo que ficamos sabendo, é tudo o começo de uma grande terceirização. Está havendo uma incoerência da Prefeitura em dizer que não pode contratar mais coletores por conta da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), mas o Município vai destinar milhões a uma empresa para a prestação do serviço? É no mínimo estranho”, salientou o presidente do Sindimmar, Mauro Cirino.
De acordo com publicação do edital de licitação nº 006/2014 da Prefeitura no Diário Oficial do Município, a empresa Monte Azul Engenharia Ltda é especializada na execução de serviços de limpeza pública. Com o processo homologado e tendo sido adjudicado o serviço à empresa, o valor a ser pago pelo município será de R$ 7.246.186,68.
Segundo Cirino, com os R$ 7,2 milhões seria possível consertar os caminhões quebrados e contratar mais equipes para a melhoria do serviço de coleta de lixo em Marília. Na semana passada a reportagem do Jornal da Manhã acompanhou problemas na coleta de lixo da zona oeste da cidade. Conforme o Sindimmar, esta poderia ser uma estratégia da Prefeitura para sucatear o serviço a fim de promover a terceirização.
“Sabemos de caminhão que não acende a lanterna traseira e tudo mais. O detalhe é que temos dezenas de pessoas que trabalham na coleta de lixo. O que aconteceria com estes coletores? Exonerá-los não pode porque são cargos concursados”.
Cirino aproveitou para lamentar a postura da atual administração municipal no que diz respeito ao funcionalismo público. “Não pagaram o retroativo do gatilho – repasse das perdas com a inflação – do ano passado e este ano os servidores não tiveram aumento real”. A assessoria de imprensa da Prefeitura foi procurada para comentar o assunto, porém, até o fechamento desta edição não retornou à demanda encaminhada pelo JM.
