Coleta de Lixo
02 de julho de 2012 - 10:52
Em decorrência das constantes quebras dos caminhões de lixo, a cidade ficou com a coleta comprometidanas últimas duas semanas de junho. Até o final do mês ainda haviam quatro caminhões quebrados, sendo que dois foram adquiridos em 2007 no processo licitatório de locação de dez veículos coletores. A previsão é de que até o começo deste mês dois veículos voltem a fazer a coleta.
Segundo informações de funcionários da garagem da Prefeitura, dos 15 caminhões utilizados, dez foram locados em 2007 e cinco são antigos. O porte do veículo, o peso e as ruas esburacadas foram as justificativas dadas para explicar os danos diários sofridos pelos caminhões.
A locação destes dez veículos em 2007 foi questionada pela Matra na época. Para a entidade, o contrato firmado em 10 de outubro daquele ano entre a Prefeitura e a empresa Embrascol Comércio e Serviço LTDA iria trazer prejuízos para a população, uma vez que previa o pagamento e 60 parcelas de R$ 127 mil, totalizando R$ 7,620 milhões, e no final do contrato os veículos sucateados ficariam para a administração municipal.
O problema é que além de a Prefeitura pagar a parcela do aluguel, ainda arca com as despesas de manutenção.
Segundo pesquisa realizada pela Matra na época, este valor era desproporcional ao preço médio de mercado. De acordo com uma simulação de compra em 60 meses feita pela entidade em um banco, a aquisição de dez caminhões novos sairia por aproximadamente R$52 mil a parcela. Esta diferença, que representa mais que o dobro do valor, chamou a atenção da Matra, que entrou com representação junto ao Ministério Público alegando que a licitação feria os princípios da moralidade, economicidade, probidade administrativa, dentre outros.
Entretanto, um laudo pericial realizado pelo Ministério Público em 2009 não confirmou o superfaturamento do contrato entre a Prefeitura e a empresa e a representação da Matra foi arquivada.
Agora o temor da MATRA se confirma, uma vez que a Prefeitura continua pagando as parcelas do aluguel (o contrato termina em outubro deste ano), arcando com os custos da manutenção e ainda irá herdar caminhões sucateados.
