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Com liminar do STJ, ex-vice-governador Paulo Octavio deixa a prisão em Brasília

09 de junho de 2014 - 10:24

Defesa de Paulo Octavio diz que acusações não se sustentam e que empresário colabora com investigações.

Menos de cinco dias após ter sido preso pela Polícia Civil, o ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octavio (PP) foi solto na madrugada deste sábado (7), graças a uma liminar concedida pelo ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Paulo Octavio deixou por volta de 1h30 o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, onde estava detido desde segunda-feira (2). Preso acusado de integrar uma organização criminosa, ele é suspeito de participar de um esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás, investigado na Operação Átrio, da Polícia Civil do DF.

De acordo com a Polícia Civil, Paulo Octavio pagou propina para conseguir autorização para o funcionamento de empreendimentos imobiliários de sua propriedade na capital federal. Réu em sete processos, ele responde pelos crimes de falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa.

Vice do ex-governador José Roberto Arruda, exerceu o cargo interinamente enquanto o titular estava preso em meio ao escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora, em 2010. Também acusado de participar do chamado mensalão do Arruda, Paulo Octavio acabou renunciando ao mandato naquele mesmo ano.

A defesa do ex-vice-governador contestou a prisão dele, alegando que a acusação era inverídica e que o empresário – dono de uma das maiores fortunas de Brasília – colaborava com as investigações desde novembro do ano passado. Na ocasião, a Operação Átrio prendeu temporariamente os administradores das regiões administrativas de Águas Claras e Taguatinga, acusados de participar do esquema de concessão irregular de alvarás. Na época, a Justiça negou o pedido de prisão de Paulo Octávio.

Também ex-senador e ex-deputado federal, Paulo Octavio foi preso no início da semana por determinação do juiz da 2ª Vara Criminal de Taguatinga, Wagno Antônio de Souza, que aceitou as denúncias do Ministério Público contra o político. Na quinta-feira (5), o desembargador João Batista Teixeira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, negou o pedido de liminar feito pela defesa para que o empresário fosse posto em liberdade. A decisão dele, no entanto, acabou sendo revista pelo STJ.

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