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Confira a lista dos denunciados na farra do cotão; Camarinha destinou R$ 160 mil à sua rádio

10 de setembro de 2013 - 10:14

PT, PSDB, DEM, PTB, PSB, PMDB, PR, PSD, PRB… São Paulo, Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Piauí, Maranhão…

Os problemas na utilização do chamado cotão são comuns a vários partidos e a parlamentares de diversos estados. Abaixo, a lista completa dos congressistas denunciados ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo pequeno comerciante e ativista contra a corrupção Lúcio Batista (Lúcio Big), acrescida das informações apuradas e reveladas pelo Congresso em Foco.

Clique aqui para entender o assunto

SENADO FEDERAL

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Desde dezembro de 2011 o Senado já gastou R$ 139 mil para arcar com as despesas contratadas pelo senador para  alugar um carro Kia Mohave. Desembolsou todo mês R$ 6, 6 mil. O valor de compra da versão mais barata do modelo é de R$ 157,6 mil, conforme a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Clique nos links abaixo para saber mais.

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Observação: o relatório também incluiu o senador Gim Argello (PTB-DF), mas, nesse caso, o Congresso em Foco nada encontrou que pudesse colocar o comportamento do senador sob questionamento ou suspeita.

 CÂMARA DOS DEPUTADOS

Abelardo Camarinha (PSB-SP)

Além de destinar R$ 160 mil da verba da Câmara a uma rádio de sua propriedade, alugou Mercedes para rodar em Brasília. Clique abaixo para saber mais.

CLIQUE AQUI E LEIA A REPORTAGEM: Mercedes e rádio pagas pela Câmara

Adrian Mussi (PMDB-RJ)

Uma empresa sem sede foi criada quatro meses antes de o deputado fazer a primeira contratação. Ela pertence a uma ex-subordinada da irmã do parlamentar em prefeitura. Locadora só tem dois carros, mas, segundo funcionário, nenhum estaria alugado ao deputado. Adrian Mussi diz que os dois são alugados para ele.

Deputado aluga veículos de empresa sem sede

Arnon Bezerra (PTB-CE)

O deputado Arnon Bezerra, recordista no gasto com aluguel de carros, utilizou R$ 21,3 mil por mês para locar cinco carros, sendo três de luxo. Segundo Arnon, o custo está dentro da realidade de mercado. “Eu uso os carros e transporto também o pessoal que me acompanha sempre para o interior. Você não usa todo dia, mas eles têm que estar à disposição”, disse.

Câmara paga R$ 21,3 mil por mês para alugar veículos de deputado

Assis Carvalho (PT-PI)

Na suposta sede do escritório de advocacia, ao qual a Câmara pagou R$ 126 mil, uma loja de cosméticos. A locadora, recém-criada e que recebeu R$ 50 mil pelo aluguel de uma Hillux e um Doblô, declara ter como sede endereço onde funciona uma padaria

Os curiosos fornecedores do deputado

Cléber Verde (PRB-MA)

Já gastou mais de R$ 78 mil com aluguel de escritório em São Luís pertencente a amigo, eleitor e financiador de campanha. Deputado admite que sala só é usada “eventualmente”

Deputado mantém inativa sala paga com verba pública

Lael Varella (DEM-MG)

Destinou mais de R$ 150 mil a uma empresa em cuja sede não há nenhum sinal de qualquer atividade assemelhada à locação de veículos. No local, funciona a loja de material de limpeza “Faxinão”.

Aluguel de carros no “Faxinão”

Mandetta (DEM-MS)

Alugou carros em empresas desconhecidas e que funcionam em residências, nas quais não se vê nenhum vestígio da atividade comercial declarada de locação de veículos.

Mais um que aluga automóveis em empresas sem sede

Manoel Salviano (PSD-CE)

Repassou R$ 9,5 mil ao Hotel Verdes Vales, em Juazeiro (CE), do qual é sócio. Gasta R$ 14 mil por mês com aluguel de carros, incluindo uma Mercedes.

Câmara paga Mercedes para deputado visitar base

Deputado destina verba a hotel do qual é acionista

Rubens Otoni (PT-GO)

Contrata a KM Consultoria Ltda. para fazer o planejamento estratégico do seu mandato por R$ 7 mil mensais. Desde 2009, a empresa recebeu R$ 355 mil do cotão. Segundo o deputado, a consultoria foi contratada inicialmente para fazer um trabalho específico.

“Mas como os resultados foram bastante positivos, contratamos ela permanentemente”, afirmou ao Congresso em Foco. “[O planejamento estratégico] é uma visão acatada hoje por empresas e pelo meio político. Por isso é necessário para se ter um mandato mais efetivo. Até gostaria de não precisar contratar uma empresa, mas eu contrato porque na Câmara não temos profissionais que façam esse tipo de trabalho. Se fosse contratar uma pessoa só, sairia bem mais caro, mas contratando uma assessoria, eu consigo reduzir o preço porque eles têm outros clientes”, completou o deputado.

Zoinho (PR-RJ)

Está sob investigação no Supremo, por suspeita de destinar recursos da Câmara a empresa fantasma. Também utilizada a cota para contratar escritório de advocacia, cuja sócia disse ao Congresso em Foco ser usada como laranja.

Zoinho é investigado por farra do cotão

Observação: a reportagem nada encontrou que pudesse amparar as imputações de possíveis irregularidades feitas por Lúcio Big em relação a outros oito deputados federais – Antônio Soares (PV-MG), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Domingos Sávio (PSDB-MG), Félix Junior (PDT-BA), Jaime Martins (PR-MG), Marcelo Matos (PDT-RJ), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Toninho Pinheiro (PP-MG).

Fonte: Congresso em Foco

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