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Congresso estoura gasto com hora extra apesar de descanso

23 de junho de 2014 - 10:49

Em tempos de Copa do Mundo, estrangeiros de diferentes sotaques lotam a Praça dos Três Poderes, em Brasília, tentando levar para casa fotos com um pouquinho da obra do arquiteto Oscar Niemeyer. O Congresso é um dos prédios mais procurados. Nas visitações, porém, os turistas poderão ver a estrutura que abriga o Legislativo, mas somente com muita sorte vão esbarrar em algum parlamentar brasileiro em plenário. Ninguém está trabalhando durante a Copa: Câmara e Senado se deram férias. Em maio, os parlamentares tentaram antecipar a justificativa da paralisação convocando um “esforço concentrado”. Deputados e senadores prometeram que pegariam no batente de segunda-feira a sexta-feira para diminuir a fila de projetos prioritários que lotam a pauta das Casas. Mas abandonaram a empreitada. Com a promessa quebrada, o mês de junho vai chegando ao fim e os parlamentares fecharão mais um mês com vencimentos de R$ 26,7 mil e cota de gastos que variam de R$ 21 mil a R$ 44 mil por mês para remunerar três dias de trabalho.

Enquanto os parlamentares mantêm seus rendimentos intocáveis, apesar do recesso branco, os servidores conseguiram uma façanha ainda maior. No moroso ano de 2014, recheado por feriados, Copa do Mundo e convenções partidárias, o Congresso gastou R$ 6 milhões a mais em horas extras para seus funcionários, o equivalente a 23,8% das despesas do ano passado. De fevereiro a maio, a conta dos serviços extraordinários na Câmara e no Senado chegou a R$ 33 milhões. A hora extra no Congresso geralmente é paga para funcionários que precisam trabalhar até tarde, para acompanhar sessões deliberativas extraordinárias. O descanso dos últimos dois meses, no entanto, não fecha com o aumento do desembolso para horas extras. A pauta enxuta do Legislativo deixou o contracheque dos servidores mais encorpado em pelo menos R$ 2,6 mil mensais, pagamento pelo excesso de trabalho.

Fonte: Congresso em Foco

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