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CPI Asfalto: Ex-presidente da Codemar e servidor do DAEM são ouvidos

14 de maio de 2012 - 14:19

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Asfalto se reuniu hoje para ouvir os depoimentos do ex-presidente da Codemar (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília), Luís Antônio Rosa Lima, e do inspetor de serviço do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília), João Manoel Paris.

Rosa Lima explicou que, no último período em que presidiu a Companhia (de janeiro de 2011 a março de 2012) ela tinha contrato de tapa-buraco firmado com o DAEM, que fornecia diariamente à empresa um cronograma de onde seria realizado o serviço.

Entretanto, afirmou que quando a Codemar realizava a recuperação asfáltica em uma rua para o DAEM, arrumava também buracos que eram de responsabilidade da Prefeitura.

“Tapávamos também esses buracos porque a população não entenderia porque arrumávamos uns e deixávamos outro. A Construban [responsável pela recuperação asfáltica da Prefeitura na época] tinha o mesmo problema. Os moradores não podiam ser penalizados”, disse.

Segundo Rosa Lima, esses valores, que deveriam ser pagos pela Prefeitura, foram colocados em um contrato futuro firmado entre a Codemar e o Executivo.

Para o presidente da CPI, vereador Herval Rosa Seabra, a princípio, não há irregularidade nesse fato.

“Eu não diria que é uma irregularidade, pois ninguém tirou vantagem disso, mas acho que deveria ser um fato melhor trabalhado, para que cada uma [Prefeitura e Codemar] pagasse pela correção dos buracos que têm responsabilidade”, disse Herval.

Sobre o fornecimento de massa asfáltica à Construban, Rosa Lima informou que a empresa considerava o preço da Companhia alto, por isso comprava em Marília apenas 30% da quantidade de material utilizada diariamente na cidade, o resto (70%) vinha de usinas de asfalto de Assis e Bauru.

Questionado pelos membros da Comissão sobre casos em que o serviço de tapa-buraco foi realizado inúmeras vezes em frente ao mesmo número de uma rua, Rosa Lima explicou que isso se deve ao fato de a tubulação de água e esgoto de Marília ser muito antiga.

O inspetor de serviço do DAEM, João Manoel Paris, também ouvido hoje, confirmou a explicação de Rosa Lima.

Segundo ele, existem hoje em Marília diversos tipos de materiais de tubulações. Um dos piores é o de cimento-amianto.

De acordo com Paris, esse material é tão frágil que ao se reparar um vazamento nesse tipo de tubulação, é muito comum que outros pontos da linha acabem sofrendo desgastes e até mesmo rupturas. Por isso um serviço de recuperação asfáltica pode ser realizado no mesmo número de uma rua diversas vezes.

A próxima reunião da CPI acontecerá nesta quinta-feira (17), às 9h, na sala “Nasib Cury”, localizada na Câmara Municipal.

Na ocasião, o perito contábil contratado pela Comissão, Dorival Venciguera, será ouvido.
 

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