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CPI da Corrupção se reúne com pauta indefinida

28 de janeiro de 2010 - 00:00

O encerramento da sessão desta quarta (27) sem a eleição do novo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deixou os governistas em dúvida sobre a CPI da Corrupção. O primeiro secretário, Wilson Lima (PR), saiu da Casa dizendo que a comissão só voltaria a se reunir na próxima semana. No entender dele, com a decisão do presidente em exercício, Cabo Patrício (PT), a autoconvocação estava encerrada.

Na manhã desta quinta-feira (28), os distritais confirmaram a sessão da CPI para às 15h. Porém, não existe pauta prevista. A comissão está sem presidente com a saída de Alírio Neto (PPS). O comando é exercido interinamente pelo vice-presidente, Batista das Cooperativas (PRP). Geraldo Naves (DEM) foi indicado para a vaga de Alírio e deve disputar a presidência com a colega de partido Eliana Pedrosa. "Nós veremos o que vai acontecer amanhã. Não sei ainda se vai acontecer a CPI", disse Naves ontem, ao sair da sessão da Câmara.

Em funcionamento há duas semanas, a CPI da Corrupção tem sido alvo de polêmicas desde o início. Ao convocar o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, chamou para si os holofotes de toda a mídia. Porém, após a decisão judicial que afastou oito deputados envolvidos no mensalão do governador José Roberto Arruda, acabou sendo encerrada. No dia seguinte, voltou à ativa. Mas, com a saída de Alírio do bloco partidário que o PPS integrava com o PMDB, a CPI perdeu um membro.

Como os três distritais da bancada peemedebista são citados como beneficiários do mensalão no inquérito que originou a Operação Caixa de Pandora, era necessário indicar outro parlamentar. Foi aí surgiu a indicação de Geraldo Naves. Dessa maneira, a composição da CPI tem dois deputados do DEM, ex-partido de Arruda, um do PSDB (Raimundo Ribeiro), um do PRP (Batista das Cooperativas) e um do PT (Paulo Tadeu).

A indefinição sobre a CPI acabou adiando, sem nova data, o depoimento do ex-secretário Durval Barbosa. Ele mesmo pediu que fosse postergado. O Congresso em Foco mostrou que ele foi ameaçado por membros da base aliada. Caso comparecesse à oitiva, Durval seria alvo de uma artilharia contra ele e o ex-governador Joaquim Roriz. A intenção dos governistas era desviar o foco das atenções de Arruda para Roriz.

Fonte: Congresso em Foco

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