CPI da Merenda: Atendentes não reconhecem sua caligrafia em rasuras de planilhas com irregularidades
Na sexta-feira, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda ouviu duas atendentes de escolas (merendeiras): Roseli Aparecida da Silva Ávila e Sandra Izabel de Lima Gomes. As duas trabalhavam na EMEF Geralda César Vilardi em fevereiro de 2006, quando 2 mil merendas foram pagas a mais à SP Alimentação.
As merendeiras afirmaram acreditar que um erro de digitação cometido pela secretaria da escola possa ter resultado no pagamento indevido à empresa. Ambas afirmaram que a planilha que entregaram à direção estava correta.
As duas atendentes eram as únicas responsáveis por preencherem os relatórios diários de merendas servidas, entretanto não reconheceram ser sua caligrafia nas rasuras constantes das planilhas onde as irregularidades foram constatadas.
Roseli, que trabalhou na EMEF Geralda César Vilardi de 2002 a 2007, afirmou que os insumos entregues à escola eram enviados pela SP Alimentação e não diretamente pelo fornecedor, como afirmou a atual nutricionista responsável da empresa, Vivian Fernandes. Os alimentos chegavam sem nota fiscal, apenas com um pedido constando nome da escola, quantidade e produto, sem identificação do fornecedor.
Com relação aos ‘bolinhos’ servidos como uma merenda, Roseli contou que todos os 800 que chegavam para serem distribuídos em um dia eram contados como entregues aos alunos. Entretanto, as merendas diárias não passavam de 600.
A próxima testemunha que deve ser ouvida pela CPI será o empresário Genivaldo dos Santos. Seu depoimento deverá ser tomado em São Paulo, na quinta-feira (11), às 11h.
(com informações: Observatório da Gestão Pública e jornal Diário)