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CPI da Merenda: funcionária da secretaria da Educação, Ana de Fátima Rubira Furlan é ouvida

03 de agosto de 2011 - 16:17

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda ouviu hoje a diretora de gestão administrativa da secretaria da Educação, Ana de Fátima Rubira Furlan.

Em seu depoimento, Furlan explicou como era feito o controle pela secretaria da Educação do número de merendas fornecidas e pagas à SP Alimentação.

De acordo com diretora de gestão administrativa, as merendeiras preenchiam um formulário informando a data, o período (manhã ou tarde), o número de alunos presentes nas escolas, a quantidade de merendas fornecidas e o número de repetições feitas pelos estudantes.

Esses formulários eram digitados na secretaria da escola, conferidos e assinados pelas diretoras, que entregavam essa planilha às nutricionistas da SP Alimentação. A empresa, por sua vez, enviava esses documentos conferidos para a secretaria da Educação, que também conferia as informações constantes das planilhas antes de autorizar o pagamento.

A respeito do pagamento irregular de duas mil merendas à SP Alimentação, caso que ocorreu na Emef Geralda César Vilardi, em 2006, Furlan disse só ter tomado conhecimento do caso após a denúncia.

“Quando soube da denúncia, chamei a Conceição [Espadoni, nutricionista chefe da SP Alimentação na época] para que explicasse o fato. Ela disse que havia ocorrido um erro de digitação e que as merendas pagas a mais já teriam sido descontadas em outras planilhas. Não concordei com a atitude. Esse acordo foi feito entre a empresa e a escola, sem o conhecimento da secretaria da Educação. Assim que a denúncia chegou à secretaria, foi aberto um processo administrativo para se apurar o ocorrido”, contou Furlan.

O presidente da Comissão, vereador Mário Coraíni, mostrou à diretora de gestão administrativa algumas planilhas rasuradas, com acréscimo de número de merendas servidas na Emef Geralda César Vilardi.

Furlan não soube explicar porque essas planilhas tinham informações acrescentadas à mão, mas deixou claro que, após o pagamento de merendas a mais, a secretaria da Educação passou a recusar planilhas com informações preenchidas a mão.

Ao final da oitiva, o presidente da Comissão falou a respeito do fornecimento de merenda escolar em Marília e o estranho modo como a empresa SP Alimentação cobra para prestar seus serviços.

“A SP Alimentação não mantém um funcionário acompanhando o controle diário de merendas fornecidas. Deixa tudo por conta das merendeiras, que fazem a merenda como se fossem empregadas da SP, embora sejam funcionárias do município. Pelo contrato, a SP só fornece insumos, mas cobra por merendas. Entretanto, todos os gastos com a elaboração da merenda, desde a água, gás, eletricidade, são pagos pela Prefeitura. Além disso, todo o controle da quantidade de merendas fornecidas e feita pela atendente. A SP não se dá ao trabalho de controlar quantas merendas diárias que ela fornece. A responsabilidade da merendeira escolar em Marília é fabulosa! Ela controla tanto a merenda fornecida quanto os insumos entregues nas escolas”, comento Coraíni.

A merendeira Sandra Izabel de Lima Gomes também deveria ter prestado depoimento hoje, mas não compareceu à CPI. Segundo informações de funcionários da Câmara, Gomes teria avisado que estaria viajando e que não conseguiria chegar a tempo para depor.

A próxima testemunha que deve comparecer à CPI é a merendeira Roseli Aparecida da Silva Avila, que teria revelado suposto pagamento irregular de duas mil merendas à SP Alimentação.

Avila será ouvida na sexta-feira (05), às 10h, na sala “Nasib Cury”, na Câmara Municipal.

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