CPI da Merenda: Nutricionistas são ouvidas novamente e mudam seus depoimentos
Na sexta-feira, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda ouviu novamente duas ex- nutricionistas da SP Alimentação, empresa responsável pelo fornecimento de merenda escolar em Marília e acusada de ser a principal responsável pelo mega-esquema de corrupção conhecido em todo o Brasil como “Máfia da Merenda”.
As duas foram convocadas novamente para confrontar informações obtidas nos depoimentos da nutricionista da Prefeitura, Cláudia Campos, e do empresário Genivaldo Marques dos Santos, delator do esquema ao Ministério Público.
A primeira nutricionista a ser ouvida foi Conceição Aparecida Espadoni, que modificou a versão de seu primeiro depoimento.
Anteriormente, ela havia afirmado à Comissão que a responsabilidade pela contagem e distribuição das merendas era exclusividade das merendeiras.
No entanto, em seu depoimento na última sexta-feira, Conceição reconheceu sua letra em quatro folhas das planilhas de contagem das merendas servidas diariamente nas escolas.
Já a segunda depoente, nutricionista Adriana Ragassi, manteve sua versão e afirmou que todas as informações e responsabilidade de preenchimento de planilhas eram das merendeiras das escolas.
Margem de lucro
Outro ponto questionado pelos membros da Comissão foi a meta de lucro da empresa SP Alimentação que, de acordo com Genivaldo Marques dos Santos, era estimada em 30%, sendo desviados 10% para pagamento de propina ao atual prefeito, Mário Bulgareli, e ao ex-prefeito, Abelardo Camarinha.
Conceição confirmou que essa margem de lucro existia e revelou ser cobrada para atingir a meta, porém disse não saber nada a respeito sobre o pagamento de propina.
(com informações do Jornal Diário de Marília)