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CPMI do Cachoeira retoma os depoimentos

06 de agosto de 2012 - 09:16

Encerrado o recesso, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados retoma os seus trabalhos. Nesta terça-feira (7), a CPMI deverá ouvir Andressa Mendonça, companheira do contraventor.

Andressa Mendonça é suspeita de atuar como laraja do esquema de Cachoeira. Recentemente, foi acusada de tentar chantagear um juiz para beneficiar o marido. Ela vai depor na condição de investigada, e não de testemunha, e também entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo direito de permanecer calada.

Também foi convocado para depor o agente aposentado da Polícia Federal Joaquim Gomes Thomé Neto, suspeito fazer interceptação ilegal de e-mails para Cachoeira, mas ele dispõe de habeas corpus que lhe garante o direito de permanecer em silêncio e só prestará depoimento se quiser.

Na quarta-feira (8), será a vez de Andrea Aprígio, ex-mulher do contraventor, e de Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador de empresas de fachada que teriam sido usadas pela organização de Cachoeira. Ambos entraram no STF com pedido de habeas corpus para garantir o direito de permanecer em silêncio.

"Quando as pessoas vão à CPMI e não falam nada, é porque elas devem. Meu relatório, claro, vai compreender que o fato de alguém não se defender das acusações se deve ao medo de se incriminar. E isso ocorre exatamente por causa do vínculo com a organização criminosa do senhor Carlos Cachoeira”, disse o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG),Cunha.

O relator avalia que é cedo para decidir sobre a necessidade ou não de prorrogar o prazo de trabalho da CPMI: "É uma análise que deve ser feita no final de setembro, mais perto do fim do nosso prazo regimental. Ainda temos agosto e setembro pela frente, e o importante é que nos dediquemos a um trabalho intenso, mesmo neste período eleitoral."

Entre os objetivos da CPMI do Cachoeira estão identificar o fluxo econômico da organização criminosa, que movimentou recursos por meio de empresas fantasmas e legais; descobrir quais foram os lucros do grupo e quais recursos podem ser recuperados na Justiça para os cofres públicos; e esclarecer quais detentores de funções públicas tiveram envolvimento efetivo com a organização.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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