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Daem: MORTE ANUNCIADA

14 de outubro de 2015 - 11:55

A sociedade civil organizada, organizações não governamentais, políticos de oposições, lideranças comunitárias e ativistas sociais não atrelados prometem iniciar uma cruzada contra privatização do Departamento de Água e Esgoto de Marília. O prefeito Vinícius Camarinha pretende enviar o projeto de lei para aprovação dos vereadores, autorizando a concessão dos serviços de captação e comercialização da água em Marília pelos próximos 35 anos.

Com a desfaçatez usual nos meios políticos, o prefeito Vinícius e seus vereadores governistas já estão preparando aquele discurso manjado de que não haverá privatização e sim concessão. Na teoria os termos são distintos, mas, na prática o serviço de água e esgoto será privatizado sim, por 35 anos, caso a matéria seja aprovada. E com certeza será, tamanho os compromissos que a base aliada tem como o ‘‘patrão’’. E sejamos realistas, de nada adiantará a pressão popular, ante os ‘’ouvidos de mercador’’ dos nobres edis. Assim tem sido e assim será, salvo milagre de último momento, impedindo por obra divina o marretado 10 a 3.

Vale lembrar que a costura para a venda do DAEM está sendo feita desde o final do último mandato do ex-prefeito e atual deputado Abelardo Camarinha. Passou pelas duas administrações de Mário Bulgareli, superou o mandato ‘‘tampão’’ de Ticiano Tófoli que segundo fontes, e após aconselhamentos em Brasília, teria se encarregado de deixar a situação ‘‘bem amarrada’’ para a consecução do golpe pelo atual prefeito.

Enquanto o vírus foi sendo desenvolvido, as administrações, cada uma por seu turno, se encarregou do infame papel de ‘‘quebrar’’ a autarquia. A Prefeitura deve em torno de R$30 milhões para o DAEM e nunca se preocupou em pagar a dívida para garantir a saúde financeira do órgão. Pelo contrário, afinal o objetivo parece ser outro. Aguardaram um momento político favorável, com a quebra financeira do DAEM e a subserviência quase absoluta da Casa de Leis ao Chefe do Executivo para negociar a coisa pública, jogar a pá de cal sobre o morto.

É louvável a iniciativa dos ativistas sociais e das organizações, entidades e políticos oposicionistas , que pretendem combater a venda da autarquia. Lamenta-se que nada foi feito no transcorrer dos gatos, quando ainda dos atos preparatórios. O remédio chega tardiamente para um doente terminal que há quase duas décadas vem sendo dilapidado, tendo sua morte previamente anunciada. Agora, melhor será encomendar a missa.

Fonte: Editorial do Jornal Cidade – 11/10/2015

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