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Déficit do IPREMM: com direito a intervenção da PM e ‘ovada’, reforma previdenciária é aprovada na Câmara

04 de novembro de 2021 - 15:15

Em sessão tumultuada, com direito à intervenção da PM (Polícia Militar) e “ovada”, o projeto de lei para implementar a reforma previdenciária no município foi aprovado, contra quatro votos, na noite desta quarta-feira (3). Servidores marcaram presença na galeria e na frente do prédio legislativo “Sydney Gobetti de Souza” para protestar contra a matéria.

Na prática, os servidores passam a ter que contribuir por mais tempo para se aposentarem com 100% dos salários. Ao invés de 25 anos (mulheres) e 30 anos (homens), agora o tempo de contribuição precisará ser de 40 anos. Além disso, o desconto em folha para o Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília) passa a ser de 10% para 14%.

No início da ordem do dia, o vereador Eduardo Nascimento (PSDB) pediu que o projeto da reforma previdenciária fosse votado apenas em primeira discussão, depois solicitou o adiamento da votação da matéria. Ambos requerimentos foram rejeitados em plenário.

Os servidores estavam irritados com a colocação em votação do projeto sem uma discussão ampla com a categoria e protestavam da galeria da Câmara: “Queremos aposentar”, “Vereador, presta atenção, servidor não esquece traição”.

Diante da grande pressão e manifestação dos servidores, o presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende (PSD), suspendeu a sessão e então, chamou a polícia. Os servidores então começaram a gritar: “Polícia é para ladrão”.

O tenente Assis, da Força Tática da PM (Polícia Militar), subiu à tribuna e comunicou os servidores presentes sobre o pedido do comando da Casa de Leis para eles se retirarem, o que não aconteceu.

Os policiais militares então continuaram presentes fazendo a escolta das portas do plenário com passagem impedida para garantir a segurança dos parlamentares, assessores e imprensa em caso de possível invasão.

A sessão foi interrompida das 18h40 às 19h15. No momento da votação do projeto da reforma previdenciária, os servidores gritavam bem alto, fazendo com que o som dos microfones da plenária não ecoasse entre os vereadores e demais pessoas presentes.

Alguns deles invadiram o plenário e foram contidos pela PM. Ovos foram atirados pelos servidores da galeria da Câmara, atingindo equipamentos e assessores parlamentares.

Os vereadores Eduardo Nascimento (PSDB), Agente Federal Júnior Féfin (PSL), Vânia Ramos (Republicanos), Ivan Negão (PSB), a exemplo de assessores parlamentares, pediram para o presidente da Câmara Marcos Rezende (PSD) encerrar a sessão, mas não foram atendidos.

Rezende ignorou os colegas e colocou o projeto em votação. Subentendeu-se que Eduardo Nascimento, Júnior Féfin, Danilo da Saúde e Ivan Negão, apenas os quatro, votaram contra. A sessão então foi encerrada e o projeto de lei da reforma previdenciária aprovado em duas discussões. Nos próximos dias, a matéria deverá ir à sanção do prefeito Daniel Alonso (PSDB).

*Fonte: Jornal da Manhã.

**Imagem meramente ilustrativa.

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