Matra participa da organização da Marcha da Cidadania

A manifestação popular é um meio legítimo de exercer a cidadania. De forma organizada e ordeira, é um instrumento de mudança. Reflete a insatisfação da população contra irregularidades que afetam o dia a dia do cidadão.

O desejo do cidadão de que o tributo pago por ele não vá para o bolso do corrupto, mas sim seja destinado a satisfazer as necessidades básicas da população – saúde, segurança, transporte coletivo, educação – é a causa das manifestações que tomam o Brasil de ponta a ponta.

Neste sentido, a MATRA – Marília Transparente sempre procurou estimular e alertar o mariliense acerca dos desmandos ocorridos em nossa cidade, encorajando-o a se manifestar e expressar sua indignação, não deixando que a omissão e a inércia se sobreponham a sua insatisfação. O “resmungão do sofá” deve levantar-se e juntar-se, pacífica e civilizadamente, ao conjunto dos insatisfeitos para mandar sua mensagem aos governantes, pois, como é sabido, “a única coisa que mete medo em político é o povo na rua”.

Neste contesto, um dos objetivos da MATRA é estimular a população a participar de programas e ações que visem combater a corrupção e a improbidade administrativa. Assim, a entidade está participando da organização da 1ª Marcha da Cidadania. Dentre os focos da manifestação estão, fundamentalmente, o combate à corrupção; cumprimento de promessas de campanha; transparência na administração pública; diminuição dos cargos comissionados; revisão da Planta Genérica de Valores, que culminou em um aumento abusivo da cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano); retorno do poder de deliberação do Conselho de Habitação e Políticas Urbanas; orçamento participativo; defesa da vida; implantação de coleta seletiva; abastecimento de água.

Em reunião realizada na última terça-feira (18) no Centro Diocesano de Pastoral, o padre Edson de Oliveira Lima explicou que a Igreja Católica de Marília não irá coordenar a manifestação porque está passando por um momento de transição do comando da Diocese de Marília, mas o bispo emérito Dom Osvaldo Giuntini apoia a marcha e a considera legítima.

Por isso, a sociedade civil e entidades foram convidadas a participar da organização da manifestação. “Estamos cansados de não saber o que realmente está acontecendo em nossa cidade. A Administração não pode mais jogar a culpa em dívidas. A população não pode mais agir como um espectador e deve reagir”, disse Padre Edson.

Agora, uma nova reunião será realizada no dia 28 para tratar da realização da manifestação, principalmente sua logística, e absoluta negação de qualquer ato de violência. A 1ª Marcha da Cidadania está marcada para o dia 20 de julho, sábado, a partir das 9h, com concentração e saída na Praça da Basílica de São Bento, seguindo pelas ruas Nove de julho, São Luiz, Prudente de Morais e Avenida Sampaio Vidal. A chegada está prevista para defronte a Prefeitura.

Para a MATRA, as manifestações públicas pacíficas são um modo de democracia participativa e contribuem para o desenvolvimento político e social do país. Com isso, as aspirações e desejos sociais começam a ganhar espaço de discussão na esfera pública.

Marcha contra a corrupção

Com o objetivo de protestar contra os casos de corrupção na cidade, em 2011 a MATRA organizou a Marcha contra a corrupção. Com o apoio de outras entidades, cerca de 1000 pessoas participaram da manifestação. Na oportunidade, o objetivo da marcha foi protestar contra as irregularidades na administração pública local.