Deputado do castelo pede reembolso de R$ 1,81
Ele ficou conhecido por ser dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões. Depois, reportagem do Congresso em Foco revelou que ele usava sua verba indenizatória para custear suas próprias empresas de segurança. Novo levantamento do site revela agora que o deputado Edmar Moreira (PR-MG) tornou-se absolutamente criterioso com os gastos que faz em seu gabinete. O deputado do castelo coloca na ponta do lápis todas as despesas a serem reembolsadas por meio da verba indenizatória, sem deixar de lado um centavo sequer.
No mês de maio de 2009, o deputado mineiro pediu à Câmara o reembolso de duas ligações telefônicas. O que chama a atenção – para quem é dono de um imóvel avaliado em R$ 25 milhões – são os valores das contas telefônicas: R$ 2,48 e de R$ 1,81, respectivamente. Tratam-se das duas únicas despesas de Edmar Moreira em maio do ano passado. No total: R$ 4,29. Um deputado econômico? Não necessariamente. A conta de maio representou 0,03% do total de gastos que o parlamentar teve com telefonia durante 2009. A Câmara pagou no ano passado R$ 12.076,28 com contas de telefones funcionais do deputado do castelo.
Longe de ser um padrão de economia, o dado da conta de maio de Edmar Moreira mostra que o deputado pede de volta tanto os centavos quanto os milhares de reais. Quatro meses depois da conta de R$ 4,29, Edmar Moreira decidiu deixar a economia de lado. Para divulgar o seu mandato e melhorar a imagem diante da opinião pública, o deputado mineiro gastou, de uma vez só, a cifra de R$ 45.960, para pagar os serviços da Gráfica Editora Granito Ltda. A empresa é responsável pela produção de cartões fotográficos, folders, folhinhas personalizadas, cadernos personalizados, cartões postais e outros serviços gráficos.
O site tentou entrar em contato com o parlamentar para saber as justificativas dos seus gastos. O gabinete de Edmar, no entanto, está fechado durante o recesso parlamentar, que termina no próximo dia 2. Segundo a liderança do PR, Edmar é o único deputado que não usa celular e que não disponibilizou números de seus assessores para contato. O site encaminhou também e-mail ao gabinete do parlamentar, mas não obteve retorno.
Fonte: Congresso em Foco