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Deputados querem ouvir ex-diretor da Bancoop sobre denúncias

11 de maio de 2010 - 00:00

Após ouvir relatos de participantes da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), integrantes da Comissão de Fiscalização e Controle defenderam uma investigação mais detalhada das denúncias de desvio de recursos da entidade para financiamento de campanhas políticas. Os deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Silvio Torres (PSDB-SP) querem convidar o ex-diretor da Bancoop João Vaccari Neto para prestar esclarecimentos.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, pelo menos 3 mil famílias foram vítimas de um esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões dos cofres da cooperativa. Prédios que deveriam ter sido construídos com esse dinheiro nunca ficaram prontos. A Bancoop nega as acusações.

Na audiência pública realizada nesta terça-feira (11), a comissão ouviu representantes dos cooperados. Marcos Sérgio Migliaccio disse que pagou todas parcelas do imóvel, no Edifício Cachoeira, mas que corre o risco de perder o apartamento, que foi penhorado por causa de uma dívida trabalhista da cooperativa.

Segundo Marcos, 2 mil pessoas questionam na Justiça uma cobrança ilegal feita pela Bancoop. Cerca de 3 anos após o recebimento das chaves, disse ele, os cooperados foram surpreendidos com a cobrança de R$ 5 mil a R$ 200 mil. Outro cooperado, Marcelo Fechio Santos contou que, apesar de ter quitado as parcelas, após três anos ainda não possui a escritura de seu apartamento no Edifício Saint Phelipe.

Ex-diretor

Para o deputado Vanderlei Macris, que solicitou a audiência, os relatos dos cooperados reforçam a necessidade do comparecimento do ex-diretor da Bancoop João Vaccari Neto na comissão. "Qual foi a mecânica de utilização de recursos para alimentar essa articulação político-partidária que existia dentro da Bancoop?”, questiona.

O deputado Silvio Torres também quer esclarecimentos. "Queremos saber se os diretores e o presidente da Bancoop são filiados a partidos políticos, para saber se realmente procedem as denúncias", disse. O convite ao ex-diretor ainda não foi formalizado. Para Macris, a comissão tem o dever de investigar o caso, já que a cooperativa contava com “recursos dos fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras, empresas das quais a União é acionista majoritária”.
 

Fonte: Agência Câmara

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