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Diretor do DAEM e coordenadora administrativa da Secretária de Obras prestam esclarecimentos

24 de maio de 2012 - 13:47

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Asfalto realizou hoje a oitiva do diretor executivo do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), Cestore da Silva Pereira, e da coordenadora administrativa da Secretaria de Obras, Ana Lúcia Zorzetto.

Em seu depoimento, Cestore explicou que, hoje, o Daem possui dois contratos de tapa-buraco: um com a Replan e outro com a Codemar (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília). A primeira empresa é responsável pela recuperação asfáltica decorrente da realização de novas ligações de água e esgoto na cidade. A segunda realiza parte dos tapamentos dos buracos referentes aos consertos de vazamento de água. A outra parte desse serviço também é feita pela Replan.

O diretor executivo do DAEM contou que o responsável por fiscalizar a realização desses serviços e atestar a qualidade das obras é o coordenador de projetos do Departamento e engenheiro civil, José Paulo Martins DalPonte. Segundo Cestore, DalPonte realiza a conferência dos serviços in loco.

Os membros da CPI questionaram, ainda, o diretor executivo do Daem sobre os motivos pelos quais não foram enviados à Comissão os contratos e empenhos realizados entre o Departamento e a Replan. Esses documentos foram solicitados em março e o pedido foi reiterado três vezes. Cestore não soube explicar a razão dessa demora, mas garantiu que irá enviar os documentos requeridos ainda hoje.

No segundo depoimento do dia, a coordenadora administrativa da Secretaria de Obras, Ana Lúcia Zorzetto, explicou aos membros da Comissão as diferenças dos contratos realizados entre a Prefeitura e as empresas Construban, Maripav e Codemar. Segundo ela, essas diferenças interferem diretamente na forma como a fiscalização e os pagamentos dos serviços eram realizados.

Especificamente sobre a conferência das obras, Ana Lúcia informou que os responsáveis pelo serviço eram os fiscais José Ferreira de Alencar, Moacyr Reinaldo Artêncio Filho e Dirso. Segundo ela, algumas vezes esses fiscais repassavam os serviços para os topógrafos Devanil Colombo e José Dias Lima.

O depoimento de Ana Lúcia demonstra, mais uma vez, reforça a suspeita de irregularidade levantada pelo perito contábil contratado pela CPI, Dorival Venciguera, que em seu depoimento à Comissão afirmou que todos os contratos firmados pela Prefeitura para a operação tapa-buraco determinavam que um engenheiro deveria ser nomeado para coordenar, acompanhar e dirigir o serviço. Ao que tudo indica, esse profissional nunca foi nomeado.

“Mais uma vez fica claro que os serviços realizados eram precários, na medida em que não havia fiscalização efetiva da quantidade ou qualidade do trabalho realizado”, comentou o presidente da Comissão, vereador Herval Rosa Seabra.

A próxima reunião da CPI será na segunda-feira (28), às 9h, na sala “Nasib Cury”, localizada na Câmara Municipal.

Na ocasião devem serão ouvidos o coordenador de projetos do DAEM, José Paulo Martins DalPonte, e o funcionário da Codemar, José Maria Coimbra.

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