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Donos de Postos negam cartel e acusam cidades vizinhas de “dumping”

07 de junho de 2010 - 00:00

O diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), Alair Fragoso, negou nesta semana as denúncias de formação de cartel entre os postos de combustível da cidade. Ele acusa as cidades vizinhas de venderem o produto abaixo do custo, adotando uma prática irregular denominada “dumping”, que tem o objetivo de quebrar a concorrência com preços que não visam lucro.

A possibilidade de uma prática de cartel entre os postos do município está sendo investigada pela Polícia Federal. Segundo um levantamento parcial do inquérito já se encontraram indícios de diferenciação de preço entre os postos da cidade e da região. O inquérito foi pedido pelo próprio procurador da República, Jeferson Aparecido Dias, atendendo a um requerimento do vereador José Carlos Albuquerque. As investigações ocorrem desde abril, após o jornal Correio Mariliense demonstrar em reportagem as diferenças de preços entre o litro do etanol cobrado em Marília e o cobrado em Bauru. A diferença chegava a R$ 0,20 por litro.

Uma nova pesquisa realizada ontem continua a flagrar a diferença de preços. O valor do litro em Marília já chega a ser R$ 0,30 superior ao cobrado em Bauru. Já em Assis, postos estão vendendo o litro do álcool R$ 0, 25 superior. Os postos de Marília ainda praticam a venda do litro do álcool a R$1,39. O diretor do Sincopetro, Alair Fragoso, já foi intimados pela Polícia Federal e deve dar esclarecimentos sobre a suspeita de cartel nos próximos dias. Entretanto, o sindicato informou que ainda não foi notificado e que aguarda intimação oficial para fazer a defesa.

Entretanto, Alair Fragoso, se adianta e nega qualquer prática de irregularidade pelos donos de postos, alegando que o mercado é livre, que não existe mais uma tabela de preços a ser seguido por todos os postos e que, nestas cidades com preços abaixo do praticado aqui estão é desenvolvendo campanhas de markenting, vendendo abaixo do preço de custo, e criando esta confusão toda.

“Penso que a população ainda tem gravado em suas mentes a época do regime de preços tabelados, quando todas as cidades apresentavam mesmo preço, e não aprenderam ainda a conviver com essas diferenças”, comenta Fragoso. Para tentar provar seu argumento, o sindicalista mostra a nota fiscal de compra de etanol, mostrando que o preço de custo por litro para os donos de postos de Marília não sai por menos de R$ 1,05.
 

Fonte: Correio Mariliense

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