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Empresa que fez obra de asfalto em Marília é alvo de investigação

10 de abril de 2013 - 10:38

O MPF (Ministério Público Federal), a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo realizaram ontem uma operação conjunta com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que desvia recursos públicos federais e estaduais por meio de fraudes em licitações.

Ao todo, foram cumpridos, 13 mandados de prisão e 160 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Jales e pela Justiça Estadual em Fernandópolis. O alvo das investigações é a empresa Demop, que fez obras de asfalto e recapeamento em Marília, no valor de R$ 30 milhões, na gestão do professor Mário Bulgareli (que renunciou em fevereiro de 2012) e José Ticiano Dias Tóffoli, que era o vice-prefeito e assumiu o mandato. Segundo as investigações, desde 2007, um grupo de empreiteiras do ramo de pavimentação asfáltica estaria manipulando licitações publicas em municípios do interior de São Paulo, simulando competição entre si, com o objetivo de superfaturar as obras.

Os contratos suspeitos foram firmados com cerca de 80 prefeituras municipais e superam R$ 1 bilhão. Os valores desviados serão totalizados até a conclusão das apurações. Há indícios de que servidores e agentes públicos facilitaram a atuação da organização criminosa para desviar recursos municipais, estaduais e federais. Durante a investigação, foi constatado o pagamento de R$ 70 mil em espécie, destinado ao pagamento de propina a servidores municipais. A Polícia Federal executa os mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva dos suspeitos.

Além disso, o Ministério Publico do Estado de São Paulo, com apoio da Policia Militar, cumpriu mandados de busca relativos as prefeituras. A ação é fruto da convergência de trabalhos do MPF, da PF e do MP/SP, que se iniciaram e se desenvolveram paralelamente a partir de 2008. Como foram identificadas conexões entre as apurações, a Justiça autorizou o compartilhamento das provas. Assim, todos os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente para otimizar os recursos e dar maior eficiência aos trabalhos desenvolvidos.

Participaram das buscas 70 Promotores de Justiça, 250 Policiais Federais, mais de 100 servidores do Ministério Público e cerca de 250 policiais militares. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

Fonte: Correio Mariliense

Saiba mais: TC julga irregular pregão e contrato com empresa responsável pelo recapeamento asfáltico

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