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Empresas doam para políticos com ficha suja

08 de setembro de 2010 - 00:00

Levantamento feito pela Transparência Brasil mostra que 2.313 empresas doaram, nas eleições de 2006, R$ 99,4 milhões para 424 parlamentares -deputados federais, estaduais e senadores- que têm ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas.

Todos os políticos citados no estudo foram eleitos e estavam em exercício de mandato em agosto de 2010.

Das dez empresas que mais doaram, seis pertencem ao setor de infraestrutura (siderúrgicas, construtoras etc.), três são do setor de alimentos e bebidas e uma é do setor financeiro. O levantamento indica também que na mesma eleição os partidos repassaram R$ 14 milhões a campanhas eleitorais de parlamentares com esse histórico.

Lista

A 10 empresas que mais doaram, de acordo com a Transparência Brasil, foram: 1. JBS Friboi; 2. Caemi (empresa adquirida pela Vale em fins de 2006); 3. Gerdau; 4. Instituto Brasileiro de Siderurgia (atualmente "Instituto Aço Brasil"); 5. Schincariol; 6. Aracruz (empresa incorporada ao Grupo Votorantim em 2009); 7. Construtora OAS; 8. Construtora Camargo Correa; 9. Bertin (empresa adquirida pelo JBS em 2009); 10. Banco Itaú.

Pela legislação eleitoral brasileira, qualquer empresa pode doar recursos financeiros a campanhas eleitorais, desde que os repasses não superem em 2% o faturamento bruto da empresa no ano anterior.

O levantamento tem como alvo apenas os parlamentares que estavam em exercício em meados de agosto de 2010, ou seja, as empresas podem ter doado montantes superiores aos assinalados, para um número maior de políticos.

O estudo pode ser visto no site Excelências, da Transparência Brasil, no endereço www.transparenciabrasil.org.br

Fonte – Jornal O Povo (CE)

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