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Encontro expõe plano para desfavelamento na zona oeste; investimento necessário na região é de mais de R$ 11 milhões

06 de setembro de 2010 - 00:00

Cerca de 100 pessoas de favelas da zona oeste da cidade participaram ontem da primeira reunião do Plhis (Plano Local de Habitação de Interesse Social). Encontro teve como objetivo apresentar o diagnóstico do projeto de desfavelamento, além de mostrar os principais problemas e precariedades da cidade na questão habitacional. Até final do mês plano será exposto a todas as regiões da cidade.

Entre as informações, o diagnóstico traz o déficit habitacional do município que é de 5.124 habitações entre as áreas rural e urbana. Só para o reassentamento de famílias que moram em favelas, seriam necessários R$ 27 milhões e mais R$ 11 milhões para obras de infraestrutura em favelas que não possuem casas em estado precário.

Só na região oeste existem 6 favelas, sendo que são necessários 219 reassentamentos de famílias, com custo de R$ 8,8 milhões. Pouco mais de R$ 2 milhões precisam ser aplicados em infraestrutura.

Segundo o secretário de Planejamento Urbano, Laerte Rojo Rosseto, a intenção é que a população entenda o diagnóstico e se conscientize da importância de participar desse processo. “Precisamos escolher o melhor caminho para resolver os problemas elencados”, destaca.

População aguarda soluções há 12 anos

 

Moradores da favela do Cavalari compareceram em peso para o encontro. Eles aguardam há 12 anos por providências da administração pública. Dona de casa Erci Cunha de Oliveira, 32, compareceu na esperança de que dessa vez algo mude. “Há 12 anos que só escuto promessas e a nossa comunidade continua abandonada”, ressalta.

 

Pedreiro Vanderlei de Santana, 40, mesmo cansado das promessas, também foi conferir o plano. “Eles prometem e nunca fazem nada. Nem no esgoto a céu aberto eles dão um jeito”, reclama.

Daiane Letícia da Silva, hoje com 20 anos de idade, se lembra que aos 12, ouviu promessas de que as famílias iriam ser retiradas da favela. “Falaram que iam nos tirar de lá, mas até hoje nada”, destaca.

Diagnóstico será entregue à Caixa Econômica Federal até o final de setembro. Assim que aprovado estratégias serão traçadas para tentar solucionar o problema das submoradias.

Próximas Reuniões

ZONA LESTE
9 de setembro, às 19 horas
Cáritas Diocesana de Marília
Rua José Bonifácio, 731 – Palmital

ZONA NORTE
10 de setembro, às 19 horas
Centro Comunitário Jânio Quadros
Rua Francisco Rodrigues Couto, 562 – Jânio Quadros

Fonte: Diário

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