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Entidades ressaltam importância da participação popular em protesto

21 de outubro de 2011 - 10:18

Participação popular na Marcha Contra a Corrupção que acontece amanhã em Marília é tida como fundamental pelas entidades organizadoras para que os desmandos políticos na cidade tenham fim e principalmente, para que haja acompanhamento das ações na justiça contendo denúncias contra políticos. Evento ocorre a partir das 10h, na praça da igreja São Bento. Participantes vão percorrer principais ruas e avenidas da cidade até a prefeitura, onde estão programadas série de manifestações.

Na manhã de ontem representantes de sete das 20 entidades que apóiam a marcha em Marília se reuniram na OAB para definir detalhes da manifestação que visa dar um basta na corrupção cada vez mais freqüente em todas as esferas de poder. Recentemente, Nelson Grancieri, Chefe de Gabinete e Secretário da Fazenda exonerado nos dois cargos pelo prefeito Mário Bulgareli, foi denunciado por improbidade administrativa. Em Brasília, o Ministro dos Esportes Orlando Silva também é alvo de escândalo de desvio de dinheiro.

"A marcha não é contra as instituições. O pecado está no homem. É preciso expurgar os corruptos para valorizar as instituições", declara Luiz Orlando, representante da Matra, ressaltando que as ações contra a corrupção não param após a marcha. "É preciso fazer um acompanhamento como já é feito pela Matra. Uma vez comprovado o ilícito, as penalidades devem ser exemplares", diz.

Segundo José Roberto Locateli, do Rotary Clube Marília Leste, é preciso punir os corruptos para que a desonestidade deixe de ser descarada e habitual. "Os políticos riem de nós porque sabem que não serão punidos”, acredita.

Augusto Pinheiro, líder do Movimento Eco – formado por grupo independente da 2ª igreja Presbiteriana que atua em movimentos a favor da vida – diz que a corrupção fere o princípio absoluto que rege a dignidade do ser humano ‘não furtarás’. "A corrupção é a lágrima da criança que não tem pão, da dor do doente que morre na porta do hospital. É preciso acabar com a impunidade da corrupção", ressalta.

Para Bruno Santana, representante do Observatório de Gestão Pública da Unesp de Marília, o engajamento popular é importante para acabar de vez com a corrupção, para que o trato da coisa pública seja efetivo. "É preciso tirar a população da apatia social e levar para próximo das questões políticas", diz.

A conselheira de saúde e representante do bairro Novo Horizonte, Cleuza Correa diz que a corrupção reflete os problemas enfrentados pela população nas periferias. "Todos os bairros têm problemas em comum que poderiam ser sanados facilmente, como os buracos nas ruas, a falta d’água, a falta de segurança e infraestrutura", informa.

A representante da Associação dos Moradores do bairro Aeroporto Valdívia de Oliveira, concorda com a colega e diz que a marcha Contra a Corrupção é importante para resgatar a ética na política. O delegado e vereador Wilson Damasceno participa da marcha como presidente do Rotary Alto Cafezal. Para ele o fim da corrupção pode representar a redução da carga tributária e a efetiva aplicação dos recursos para o bem estar da população e desenvolvimento de toda a cadeia produtiva.

O presidente da ONG Matra (Marília Transparente) Oswaldo de Oliveira espera grande participação já que as entidades que apoiam o movimento estão convocando seus representantes. Só a igreja católica tem cerca de 150 mil fiéis em Marília. A marcha, começa às 10h com concentração em frente a igreja São Bento. Em passeata os manifestantes vão subir a rua 9 de Julho, descer a rua São Luiz, passar pela José de Anchieta e percorrer a avenida Sampaio Vidal até a prefeitura, onde estão previstas série de manifestações.

Protestos contra a corrupção começaram dia 11, quando representantes de entidades ligadas ao Fórum Social de Marília promoveram a limpeza das escadarias de entrada da prefeitura pedindo o fim da corrupção.

Fonte: Jornal da Manhã

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