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Entre Aspas – A semana política em frases – 16 a 22/09

23 de setembro de 2013 - 11:54

aspas

Se em oito anos os réus do mensalão não tiveram direito pleno à defesa, como sustentam seus advogados, por que o teriam nos próximos anos, já que as leis, os crimes, as provas e o tribunal são os mesmos? O olhar destreinado do leigo não consegue enxergar a justiça sendo servida aqui – e só pode concluir que, a despeito do saber jurídico dos ministros do STF, o adiamento para a “eternidade” da sentença dos mensaleiros significa apenas o triunfo definitivo da impunidade no Brasil. (Carta do leitor – Revista Veja – edição 2339)

 A transmissão ao vivo das sessões do Supremo Tribunal Federal, principalmente as do mensalão, fez sucesso entre o público, que pôde conferir a atuação dos ministros e se familiarizar com os debates jurídicos. Mas desagradou a alguns advogados, que argumentam que a exposição deixa os magistrados sob pressão política. Um deles, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lançou uma cruzada para fechar algumas sessões do Supremo. Ele defendeu a tese em uma palestra recente no Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Agora, pretende reunir colegas para apresentar ao tribunal a proposta de pôr fim à transmissão do julgamento de processos criminais.(Sessão Holote – Revista Veja edição 2339)

 A Câmara dos Deputados gasta por ano R$ 2,7 milhões em convênios com os hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, de São Paulo, para atender deputados e ex-deputados, apesar de manter um completo e dispendioso Departamento Médico (Demed) – praticamente um hospital de primeira linha, com atendimentos ambulatorial e de emergência, dotado de laboratórios de análise e com capacidade de fazer cirurgias. O contribuinte paga tratamento médico no Sírio Libanês e no Albert Einstein também para servidores efetivos da Câmara e dependentes. (Coluna de Claudio Humberto – 16/09).

 No Brasil, no excesso de instâncias e de possibilidades para recorrer fez com que o legalismo fosse sinônimo de prescrição das penas para os ricos e poderosos. Para estes, não há direito de ampla defesa, mas de defesa irrestrita e infindável. O que, para efeitos práticos, é o mesmo que impunidade. Eis o maior convite ao crime. (extraído do artigo “O STF não pode perder o juízo”, de Rodrigo Constantino – O Globo – 17/09).

 O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) terá que depor na Justiça de Brasília na próxima segunda-feira, 23. Ele responde a processo em que é acusado de ter dado um calote de R$ 1,4 milhão nos publicitários que fizeram sua campanha ao governo, em 2002. (Coluna de Mônica Bergamo – Folha de São Paulo – 17/09).

 JUIZ DA ADOÇÃO ILEGAL AGORA É ACUSADO DE GRILAGEM
O Conselho Nacional de Justiça avocou processo da Corregedoria de Justiça da Bahia em um caso de invasão de terras, abuso de poder e destruição de patrimônio alheio. O juiz acusado é Vitor Manoel Sabino Xavier Bizerra, aquele que ficou conhecido por supostamente favorecer esquema de adoção ilegal de crianças em Monte Santo. Agora, teria usado o cargo para negociar venda de terras em litígio, em Sento Sé. (Coluna de Claudio Humberto – 17/09)

 A política externa brasileira está de cabeça para baixo. Não apoia os EUA quando tem que apoiar, como agora no caso da Síria, e se omite quando os serviços secretos de Washington invadem a soberania nacional. Ou seja, é antiamericana quando não deve ser e, e “entreguista” quando poderia se fazer respeitar desde o início. (Marcelo Coutinho – jornalista)

 Com a decisão de um novo julgamento para os mensaleiros condenados do PT, após sete anos de discussão, os mensaleiros tucanos de Minas botam fé que serão julgados em… 2030. (Coluna de Claudio Humberto – 19/09)

 “Quando um ministro do STF diz que não se importa com a opinião pública, só podemos esperar dele a aposentadoria compulsória”. (do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sobre a declaração do ministro Luís Roberto Barroso de que “parece irrelevante a opinião pública” no mensalão”)

 “Em qualquer lugar tem irregularidades”. (Manoel Dias, ministro do Trabalho, depois que a Polícia Federal desarticulou um esquema de corrupção em sua pasta que derrubou o seu número 2).

 “A esperança nos juízes é a última esperança”. (Rui Barbosa)

 “Decepciona ouvir Marco Aurélio Mello, que já soltou pessoas impopulares, como Cacciola, dizer que o STF deve seguir a opinião pública”. (de Alberto Toron, advogado de João Paulo Cunha no mensalão, sobre o ministro e Roberto Barroso discutirem a influência da sociedade no processo).

 “A Corte Suprema ainda goza de credibilidade perante o povo, apesar de uns dois ou três petistas disfarçados de ministros”. (Rodrigo Constantino, economista).

 “Tenho a honra de ser do PDT, mas não tenho qualquer compromisso em passar panos quentes na responsabilidade de quem quer que seja”. (Pedro Taques – senados, sobre as irregularidades no Ministério do Trabalho, dirigido pelos trabalhistas).

 “Nada a estranhar que haja sempre homens assim, dispostos a pagar, com decisões e votos, suas nomeações aos cargos”. (José Paulo Cavalcanti Filho, no artigo “Toga no chão”, Folha de São Paulo – 18/09)

 “Acho que a companheira Dilma não deve ir aos EUA. Eu mesmo não ponho mais os pés lá” (De um falso Paulo Maluf, no Twitter)

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