Entregue há três anos, castramóvel da Prefeitura nunca funcionou

Protetores e profissionais que atuam na causa animal, apontam o castramóvel como uma ferramenta importante para o atendimento a cães e gatos de famílias de baixa renda e na realização de cirurgias de castração.

Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (02) no Jornal da Manhã, para que o veículo possa oferecer os serviços, a Prefeitura precisa realizar adequações  exigidas pelo CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária ) além de apresentar um projeto detalhando de como as atividades serão realizadas, o que ainda não foi feito.

O veículo semirreboque foi adquirido através de emenda parlamentar do deputado Ricardo Izar e na época foi festejado por representantes de ONGs de proteção animal e cuidadores que se dedicam à causa em Marília. A expectativa era de que o ‘castramóvel’ entrasse em operação para ajudar a diminuir a população de animais errantes da cidade.

Conforme o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo), há  normas para instalações e condições de funcionamento dos ‘serviços médicos veterinários móveis para cães e gatos’ no Estado de São Paulo, conforme resolução nº 2750 de 14-03-2018 do CRMV-SP.

Desde 2018 as normas foram atualizadas pelo conselho para dar mais segurança aos animais atendidos, aos profissionais de veterinária e ao público. As unidade móveis popularmente chamadas de ‘castramóvel’ costumam ser utilizadas por prefeituras e também empresas, que adaptam o veículo para o atendimento aos animais.

Para o que o veículo possa operar é necessário adaptação de todas as instalações, seguindo as normas técnicas apontadas pelo CRMV. Depois do veículo devidamente adaptado, o conselho realiza a vistoria e se aprovado inicia o processo de registro da unidade junto ao CRMV.

Se o veículo for aprovado pelo conselho, a Prefeitura deve encaminhar um projeto com a descrição detalhada de todos os serviços que serão realizados na unidade móvel. O projeto deve conter a descrição de todas as atividades, como local, período que serão realizadas, como os animais serão transportados até este local, nome de todos os integrantes da equipe que irá prestar o serviço, registro dos profissionais, forma de triagem dos animais, entre outros itens. As unidades móveis devem oferecer a mesma segurança de uma clínica ou hospital, para um atendimento seguro aos animais.

Ao Jornal da Manhã a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que “o processo licitatório para o uso do castramóvel está em fase final , em breve ele estará funcionando”. A Prefeitura não informou a data e nem previsão.