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“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”

18 de março de 2013 - 12:08

“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”. Essa ajustada frase pertence a Hubert H. Humphrey, 38º Vice-Presidente dos Estados Unidos da América durante o mandato do Presidente Lyndon B. Johnson, e cabe como introdução a este pequeno texto.

Mais uma vez, este meio servirá de desabafo contra a corrupção que impera na política da nossa sociedade.

A palavra corrupção origina-se do latim: corrupitio / corrupitionis. Traduz a ideia de degeneração, putrefação, decadência. Quando é imputável ao ser humano, também é entendida como vício moral.

Em 1987, um deputado norte-americano suicidou-se em frente às câmeras de TV após ler uma carta de desculpas à sua família, por ter sido descoberto o desvio de US$ 15.000,00 do dinheiro público, por ele perpetrado.

Em 2007, um Ministro japonês cometeu suicídio após um escândalo envolvendo-o em malversação de dinheiro público.

Em 2012, um funcionário chinês da Secretaria de Ambiente da Terra também sucumbiu por não suportar as pressões de investigações sobre corrupção que supostamente o envolvia.

Claro que o suicídio não é a solução para nenhum mal e nem estamos a defender ou fazer apologia a essa prática. Porém, esses episódios retratam como uma pessoa pode sofrer ao ser pega praticando um malefício. Como a sociedade dos outros países encaram os atos de corrupção.

No Brasil, em comparação, a corrupção é situação cotidiana. Muitos brasileiros esperam que não seja desviado “tanto dinheiro”. Quando não é muito, talvez o equivalente a caber e uma cueca, por exemplo, não se espantam e até vira piada. “Que desviem o nosso dinheiro, mas que pelo menos façam alguma obra ou outra coisinha qualquer”.

Infelizmente, esse parece ser o equivocado pensamento da muitos. Não percebem que o dinheiro público desviado deixa de ser aplicado na saúde, na educação, na segurança e que acabamos pagando em dobro todos esses serviços – através dos impostos e para particulares.

Vendas extraordinárias de alvarás, licenças e autorizações podem acabar em tragédias, como a recentemente ocorrida em Santa Maria/RS. Todos nós frequentamos boates, restaurantes, bares, shopping center cuja segurança pode estar irregular e comprometida em decorrência de dessa venda de alvarás impróprios. Isso é mais do que deslealdade. É descaso para com o povo, para com as pessoas! Dinheiro a custo de vidas!

Quando uma tragédia acontece (e acontece mesmo!), faz-se a política afirmada por Hubert H. Humphrey: culpa-se o outro.

Chega de corrupção. Chega de mentira. Chega de descaso para com a Constituição Federal. Chega de homens sanguessugas. Chega de covardia. Chega de falsa democracia. Chega de ironia. Chega de falta de vergonha.

Mais do que verdadeira punição aos homens corruptos, que eles passem a ter consciência da conseqüência da sua imoralidade e ganância. Que se lembrem de que suas famílias também estão vulneráveis às suas próprias falcatruas.

(*) Camila Andréa Tessare Silvestre – Voluntária do Movimento Voto Consciente

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