Esgoto: impasse na obra é por culpa da Prefeitura
O debate nestes últimos dias sobre o projeto de privatização do esgoto tem demonstrado que a Prefeitura Municipal é responsável diretamente pela não execução da obra integralmente, pois desde o seu início não efetuou regularmente os pagamentos necessários nos prazos a que estava obrigada (contrapartida) para que o BNDES pudesse liberar as parcelas do financiamento. Essa foi a conclusão tirada de uma reunião realizada entre a diretoria da MATRA – Marília Transparente- com técnicos da Prefeitura e da própria empresa executora dos serviços. A entidade reafirma a necessidade de execução do afastamento e tratamento do esgoto. O que se questiona é a privatização do serviço. Pelo contrato com o BNDES, a Prefeitura deveria depositar uma contrapartida do valor do empréstimo de 20%, mas isso não ocorreu em sua totalidade. Com menos recursos, a obra foi atrasando e, dos 18 meses previstos inicialmente, alongou-se para 60 meses. Diante das exposições feitas nessa reunião, a diretoria MATRA reafirmou a necessidade de a Prefeitura retirar o projeto de mudança da Lei Orgânica e aguardar o estudo técnico sobre o valor global previsto para tratamento do esgoto (deverá ficar pronto no começo do ano que vem), para só depois deliberar a respeito do assunto. Esse levantamento vai indicar inclusive se o DAEM teria condições de assumir a conclusão da obra.
