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Ex-prefeitos de Marília têm bens bloqueados pela Justiça; representação da Matra gerou a ação

27 de setembro de 2013 - 08:57

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Os ex-prefeitos de Marília (SP), Mário Bulgareli e Ticiano Tóffoli, tiveram os bens bloqueados pela Justiça. A denúncia de improbidade administrativa feita pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta que uma verba de R$ 33 milhões, liberada pelo governo federal, que deveria ter sido aplicada na saúde e educação, foi usada em outras áreas.

Três ex-secretários da fazenda também estão no processo. A indisponibilidade patrimonial foi por meio de liminar para garantir o pagamento do prejuízo. O MPF pediu também que a Justiça aplique uma multa de duas vezes o valor do prejuízo. Se forem condenados, eles terão que devolver cerca de R$ 99 milhões aos cofres públicos. Além disso, irão perder os direitos políticos por oito anos.

Segundo o procurador da República, Jefferson Aparecido Dias, a investigação que parte do dinheiro deveria ter sido usada, por exemplo, para pagar procedimentos médicos realizados na Santa Casa de Marília, mas acabou sendo usada para o pagamento de funcionários. “São fatos contundentes porque são recursos vinculados que foram repassados para o município para que ele investisse em saúde e educação e o município não fez esse investimento. O dinheiro foi desviado para o cofre geral da prefeitura e usado para outros fins. Os valores relacionados à saúde dizem respeito à Santa Casa e outros estabelecimentos médicos da cidade, que deveriam ser pagos na sequência. E o dinheiro em vez de ser pago, ser destinado para essas instituições, foi desviado para outros fins”, informou.

O caso foi descoberto pela Organização Não-Governamental “Matra” depois de uma reunião com o conselho fiscal do município. Durante o encontro, o secretário da Fazenda teria admitido a irregularidade. A declaração constou em ata e o documento foi levado até as mãos do procurador da República por meio de uma representação. Bruno Bacellar, que faz parte da ONG, lamentou os problemas causados à população. “Não só os prestadores de serviço como os hospitais, Gota de Leite, ficaram com graves prejuízos financeiros no período, mas também os fornecedores de medicamentos deixaram de entregar esses produtos, o que fez com que faltassem medicamentos nos postos de saúde, gerando grandes transtornos para a população”.

A diretoria da Santa Casa não quis comentar o caso. O advogado do ex-prefeito Mário Bulgareli informou que não foi notificado pela Justiça e que não irá falar sobre a sentença. O ex-prefeito José Ticiano Dias Tóffoli, não havia sido encontrado até o começo da noite desta quinta-feira (26) para comentar a decisão. Os três ex-secretários da Fazenda que estão no processo são Nelson Virgílio Grancieri, Adelson Lélis da Silva e Gabriel Silva Ribeiro. Eles também não foram encontrados para falar sobre o assunto.

Fonte: G1 – Bauru e Marília.

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