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Ex-presidente da Câmara é eleito para mandato tampão em Campinas

10 de abril de 2012 - 14:57

A Câmara de Campinas (93 km São Paulo) elegeu na manhã desta terça-feira (10) Pedro Serafim Júnior (PDT) como novo prefeito. Ele administra a cidade até 31 de dezembro e fará a transição de governo para o prefeito eleito pela população em outubro.

A cidade já estava sendo administrada interinamente por Serafim, então presidente da Câmara quando o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) e seu vice Demétrio Vilagra (PT) foram cassados. Ambos foram acusados pelos vereadores de envolvimento em suposto esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público, o que negam.

Antes da declaração dos votos pelos 33 vereadores, os candidatos puderam fazer um discurso de até 30 minutos. Serafim disse que encontrou a prefeitura com uma "grave crise administrativa", mas que em mais de 90 dias foi possível eliminar.

"Abrimos as portas da prefeitura ao exercício da fiscalização pela Câmara, pelo Tribunal de Contas, Judiciário e pela população", afirmou. "Mas só há governança quando há condições financeiras para tornar realidade as decisões tomadas."

Para isso, Serafim garantiu executar um "choque de gestão" e administrar com "planejamento estratégico".

A chapa do pedetista, que tem como vice Francisco Soares de Souza, recebeu 22 votos, contra 5 do oposicionista Arly de Lara Romêo (PSB) e 1 para Antônio Francisco dos Santos, o Politizador (PMN). Partidos como PTB, DEM e PT deixaram para os últimos instantes a definição do voto. As bancadas do PT e do PV se abstiveram de votar.

A eleição de outubro pesou entre os fatores que estavam sendo considerados, já que o prefeito do mandato-tampão pode fortalecer candidaturas ou dificultar.

ELEIÇÃO

Caso a chamada dupla vacância tivesse ocorrido a partir deste ano, Serafim seria automaticamente o prefeito até dezembro. Como Vilagra sofreu o impeachment em dezembro, ainda no terceiro ano do mandato iniciado em 2009, a Constituição prevê que seja feita nova eleição.

O PC do B e o PT chegaram a questionar a Justiça Eleitoral, exigindo que esta eleição fosse direta. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral), no entanto, determinou que o modelo fosse indireto, organizado pela própria Câmara Municipal.

Fonte: Folha de São Paulo – 10/04/2012

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