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Falta de estrutura afeta atendimento nos postos de saúde de Marília

08 de novembro de 2013 - 12:03

O atendimento nas unidades básicas de saúde tem gerado reclamações dos pacientes em Marília (SP). Locais destinados aos atendimentos rotineiros e primários, como os de pediatria, clínica geral e ginecologia, estão a com estrutura comprometida devido à falta de manutenção. A precariedade nas unidades básicas de saúde da cidade é um problema antigo e já foi alvo de ações do Ministério Público Estadual e da procuradoria da república em 2010. As ações civis públicas exigem adequações e reparos de estruturas nos locais sob pena de multas. Entretanto, a maioria das unidades continua na mesma situação desde a época das ações.

Imagens gravadas pelo celular denunciam o estado caótico da UBS do bairro Nova Marília. O banheiro usado na coleta de exames de urina é sujo e o paciente que precisa usar fica praticamente com a porta aberta. Não há luz e nem identificação de masculino ou feminino. “É um lugar bem sujo. As portas não tem fechadura e já aconteceu de pessoas do outro sexo entrar porque não tem identificação”, diz o aposentado Orlando Rodrigues.

Unidades sofrem com a estrutura precária (Foto: Reprodução/TV Tem)
Unidades de saúde sofrem com a estrutura
precária em Marília (Foto: Reprodução/TV Tem)

Dentro da unidade, a estrutura também deixa a desejar. As paredes de uma sala de atendimento estão emboloradas e cadeiras de rodas quebradas. Os moradores que dependem da única UBS perto de casa para acompanhamento médico se sentem desrespeitado com tantos problemas, como a dona de casa Aurora Vieira Rosa. Ela está com dificuldades até para trocar o cartão de consultas que está rasgado. “A prefeitura diz que está fazendo melhorias, mas não vemos nada até agora”.

Em uma outra unidade, no bairro Vila Real, também na zona sul, a reforma chegou, mas, de acordo com os pacientes, o barulho e a poeira se tornaram vilões da saúde. A obra é realizada em uma parte da unidade, enquanto o atendimento permanece na outra. Reginaldo Novaes levou o filho para uma consulta no local. O menino tem problemas respiratórios e passou mal com a poeira dentro do posto.  “Ele ficou tossindo e ficou com a alergia mais atacada por causa da poeira. A própria enfermeira do posto disse para ele ir para fora que senão ia piorar a condição de saúde dele”, conta o mecânico.

Marília possui 46 postos de saúde e, no momento, 11 deles passam por reformas e outros dois devem entrar em obras ainda neste ano, de acordo com a prefeitura. Para 2014, a prefeitura aguarda recursos do Ministério da Saúde para reestruturar mais 20 unidades. “Nós encontramos uma rede de atendimento de saúde bastante deteriorada que precisa de investimentos. Não é possível transferir o atendimento de todas as unidades devido à falta de locais para locação. É preciso que os munícipes compreendam que as unidades estão passando por melhorias e trabalhamos para causar menor impacto possível com as reformas”, ressalta o secretário da saúde, Márcio Travalini Pereira.

Fonte: G1 – Bauru e Marília

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