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Farra com o dinheiro público: Prefeito e secretários torram R$ 223,5 mil em diárias em 90 dias

06 de setembro de 2010 - 00:00

Os vereadores de Januária, no Norte de Minas, acreditam ter encontrado a explicação para o fato de o prefeito Maurílio Neris de Andrade Arruda (PTC) ter recorrido até ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para não ser obrigado a remeter o inteiro teor de prestações de contas da Prefeitura de Januária à Câmara Municipal. De acordo com o artigo 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal, as contas do ano anterior deveriam ficar durante todo o exercício seguinte à disposição dos vereadores, da população e de quaisquer instituições representativas da sociedade.

Graças aos poucos documentos a que tiveram acesso recentemente, referente aos meses de junho, julho e agosto deste ano, os vereadores de Januária descobriram que Arruda e seu secretariado teriam torrado R$ 223,5 mil com diárias em apenas 90 dias. É mais do dobro do que gastam em um ano municípios como Manga e Janaúba. Nos últimos seis meses, apenas o prefeito teria gasto 8.315 litros de combustível. Fazendo as contas, os vereadores chegaram à conclusão de que, rodando num carro que faça média de 8 quilômetros por litro de combustível, o prefeito precisaria ter percorrido 66 mil quilômetros nos últimos seis meses, ou seja, cerca de 11 mil quilômetros por mês.

Arruda reside em Montes Claros, a 160 quilômetros de Januária, onde mantém escritório de advocacia especializado em trabalhar para prefeitos que enfrentam problemas com a Justiça. Seus deslocamentos de Januária para Montes Claros e vice-versa, na opinião dos vereadores, oneram demais os cofres públicos. Segundo os vereadores, é incompreensível que um município onde o bloco cirúrgico está interditado por falta de condições físicas de funcionamento há mais de três anos e o aparelho de Raios X ficou estragado vários meses sob a alegação de falta de recursos para consertá-lo despenda tanto dinheiro com pagamento de diárias.

Pelas contas dos vereadores, os 8.315 litros de combustível de combustível que o prefeito Arruda teria gasto daria para dar uma volta e meia em torno do Planeta Terra, cuja circunferência é de aproximadamente 40 mil quilômetros.
 

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