Foz do Brasil
* Carlos Rodrigues da Silva Filho
Esse é o nome. Foz do Brasil, empresa ambiental do Grupo Odebrescht, tudo leva a crer, é umas das interessadas na privatização do tratamento do esgoto de Marília. Ainda que as posições, com exceção da PMM, confluam pela não privatização, é importante distinguir os interesses por trás de cada uma dessa perspectivas.A primeira, do Deputado Federal e ex-prefeito de Marília. Seu grupo se posiciona contra. Baseado no histórico do mesmo, há de se supor duas coisas. A primeira, é que, são contra porque nutrem a esperança de voltar um dia, e aí teriam eles mesmos a condição de se beneficiar dos arranjos que precedem privatização dessa magnitude. Se não conseguirem vender, têm ali um lugar garantido para o empreguismo de seus cabos eleitorais, com o legado que todos conhecem.O segundo é o do jornalista candidato a deputado. Garantiu-nos que se não fosse por ele e um acordo que travara com o presidente de câmara, o DAEM já estaria privatizado. Marílienses podem dormir em paz. Temos um megalomaníaco a proteger nossos interesses.O terceiro é a da MATRA e do MPF. Acreditamos que essa obra é um teste para a possibilidade de se implantar na cidade governança e boa prática na administração pública. Com todos os desvarios já cometidos, é possível terminá-la de forma gradativa, primeiro a Bacia do Ribeirão dos Índios, depois a do Barbosa, e por fim a do Palmital, após correções técnicas necessárias. O BNDES já mandou sinais de que concorda em refinanciar. Caso consigamos, aquilo que parece ser o desejo da maior parte dos marilienses, será necessário separar joio do trigo, nos interesses envolvidos.
* Carlos Rodrigues da Silva Filho é médico, professor universitário e diretor da MATRA. Artigo enviado ao jornal Bom Dia Marília
