Frota comprometida aumenta desgaste de caminhões de lixo
A falta de manutenção permanente na frota municipal de caminhões coletores de lixo está criando uma situação de sucateamento precoce dos veículos. A prova dessa situação é que dos 17 caminhões, sete estão em oficinas da cidade por problemas de desgaste de peças e componentes, sendo que destes, ao menos dois foram adquiridos há pouco mais de dois anos. E a situação pode piorar. De acordo com o chefe da divisão de limpeza pública da secretaria municipal de Serviços Urbanos, Ângelo Moreira, os caminhões que estão em atividade têm que dobrar a jornada para compensar os que estão quebrados, acelerando ainda mais o desgaste.
Entre os caminhões flagrados com problemas pelo Diário em oficina mecânica da zona norte da cidade, ao menos dois foram adquiridos há pouco mais de dois anos, junto a uma empresa sediada no estado de Goiás. Fortes indícios apontaram na época superfaturamento na negociação, que segundo dados levantados pela ONG Matra e pesquisa de preços apresentada pelo vereador Mário Coraíni, no início de 2008, o rombo pode ter chegado a R$ 4,7 milhões.
Outro problema é que o contrato prevê comodato até o término do financiamento, feito em 60 meses. Isso quer dizer que em caso de inadimplência, entre outras situações dentro desse prazo, a prefeitura teria que devolver os caminhões, e a medir pelo desgaste do equipamento em mais dois anos, caso seja necessária a devolução, restará a Embrascol pouco mais do que um monte de sucata.
Após os cinco anos de financiamento, a prefeitura terá desembolsado cerca de R$ 7,6 milhões. Se acertado com bancos e concessionárias da cidade, o valor estipulado para os mesmos caminhões ficaria entre R$ 2,8 milhões e R$ 3,1 milhões.
Fonte: Diário de Marília
