Gastos de deputados federais não reeleitos superam R$ 4 milhões em janeiro
Matéria divulgada pelo telejornal SBT Brasil na noite de ontem revelou o tamanho dos gastos extras que os deputados federais que não conseguiram se reeleger nas últimas eleitos custaram aos cofres públicos. Os gastos estão relacionados a verba indenizatória, utilizada mesmo com a Câmara de Deputados Federais em recesso, durante o mês de janeiro.
O uso do benefício é concedido pelo regime do Congresso Nacional para as despesas com combustível, hospedagem e aluguel de carros, que permitiu que os deputados não reeleitos torrassem pouco mais de R$ 4 milhões em verbas indenizatórias no mês de janeiro.
O benefício varia de R$ 23 mil a R$ 34 mil, de acordo com o estado de origem do deputado e a utilização do recurso é prevista no regimento do Congresso Nacional.
Para comentar o assunto, a reportagem ouvido o cientista político David Fleischer que considerou o gasto imoral. "Acredito que esse dinheiro tenha sido utilizado para reduzir dívida de campanha porque, principalmente os que não foram reeleitos, não terão essa indenização pelos próximos quatro anos", analisou.
Contramão
Na contramão dos gastões, a matéria trouxe o exemplo do recém eleito deputado federal José Antonio Reguffe, do PDT do Distrito Federal. Assim que assumiu, ele cortou o número de assessores pela metade e pediu para a diretoria geral da Câmara reduzisse a verba de gabinete a que ele tem direito.
"Com essas medidas, eu vou economizar sozinho aos cofres públicos em quatro anos, R$ 2,2 milhões. Se todos os 513 deputados fizessem o mesma, teríamos uma economia superior a R$ 1 bilhão", citou Reguffe.
