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Greve da CEF emperra financiamentos habitacionais e gera prejuízos

09 de outubro de 2009 - 00:00

A greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) tem causado prejuízos aos candidatos a um financiamento da casa própria e aos que querem liquidar a dívida com o banco. As pessoas que tentam simular financiamento diretamente nas agências e precisam do aval dos atendentes para saber se a documentação está correta estão sofrendo com o esquema de emergência que a Caixa adotou durante a paralisação.

Menos de um terço dos funcionários responsáveis pela análise das fichas atende os candidatos a um financiamento ou pessoas que já têm o processo adiantado. Grande parte das agências reabriu nesta sexta-feira (9), mas os funcionários da Caixa decidiram manter a greve. O banco nega problemas e informa que a média de empréstimos não caiu.
 
– A Caixa, nessas situações, adota um procedimento de contingência. Até o momento, a Caixa não verificou alteração na média de contratação diária, que continua próximo a 4 mil unidades por dia. Quanto às liberações de parcelas, não há registro de atrasos e nem previsão de que isso ocorra – informou o banco ao R7.
 
Os clientes, porém, têm sentido na pele os problemas ocasionados pela greve. O diretor jurídico da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação,  Lúcio de Queiroz Delfino, conta que a entidade tem recebido muitas queixas de clientes que já possuem contrato firmado, mas não conseguem atendimento e de candidatos a um financiamento que não podem iniciar o processo.
 
O advogado especialista em financiamentos da Caixa explica que depois do fim da greve os contratos de financiamento vão demorar pelo menos três meses para correrem em ritmo normal. Lúcio informa que grande parte dos documentos pedidos pela Caixa tem prazo de validade de 30 dias. Depois de um mês os candidatos ao financiamento precisam renovar documentos pessoais e do imóvel.
 
– Só a certidão do imóvel custa R$ 60. Se o candidato precisar de uma procuração pública e certidão de casamento vai arcar com outros R$ 36. Além do prejuízo de quase R$ 100 que os candidatos a um financiamento terão graças à greve, o advogado também observa que as pessoas interessadas em liquidar a dívida não podem fazer isso em outro banco a não ser na Caixa. Quem quer liquidar valor de R$ 100 mil, por exemplo, pagará R$ 1 mil a mais por mês enquanto durar a greve.
 
– O comprador tem prejuízo, mas a greve também gera prejuízo para o vendedor, tanto o particular como os grandes empreendimentos imobiliários, porque o imóvel fica parado enquanto o processo corre na Caixa.
 

Fonte: Portal R-7

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