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Homicídios

14 de setembro de 2010 - 00:00

Segundo especialistas, há na atividade criminosa mundial, quatro fases de desenvolvimento. A primeira é o confronto de gangues, com motivação mais societária que econômicas. A segunda acontece quando os grupos passam à competição armada. Na terceira, as gangues dominantes entendem que o confronto é ruim para o controle territorial e adotam políticas assistencialistas. A quarta é quando se institui a máfia politizada. O número de homicídios em Marília, nesse momento maior que do ano anterior, traz boas e más notícias.

A boa é que parte do aumento se deu por se incriminar a direção perigosa, que antes não ocorria, que mata dia a dia e depois diz que não foi a intenção. Quatro motoristas homicidas, que anteriormente estariam sujeitos a penas alternativas hoje respondem a processos criminais e foram tratados como tal. A má é que para as outras oito, por se tratarem ou de crime passional ou do tráfico, focalizados, são abordados como se não dissesse respeito aos “cidadãos de bem” e sim a acerto de contas entre pares.

Pelo contrário. Precisamos nos utilizar de métodos científicos no entendimento desses outros contextos, identificar que fase vivemos no desenvolvimento da criminalidade local e ocupar com uma unidade pacificadora, os hiatos deixados pelo estado, e que são imediatamente preenchidos pelos criminosos.

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